No ano de 1967, pessoas da gloriosa FCMBB hoje UNESP campus de Botucatu, protagonizaram uma ação de enorme repercussão denominada, a Operação Andarilho indo a pé, de Botucatu á São Paulo, exigir o que era de direito para os cursos da FCMBB, e imbuídos de um espírito aguerrido em ver sua faculdade consolidada, época que o inconformismo não passava perto da faculdade, e tristemente por ele a UNESP deixou-se contaminar não tendo empatia.
A ausência de empatia, muito provavelmente nasce quando da diferenciação de pesos dos votos entre os servidores docentes e técnicos administrativos na consulta para escolha do reitor, fruto de Lei e decreto federal que determina a proporção de: peso de 70% para docentes, 15% aos técnicos administrativos, e 15% aos discentes/alunado, o que ao longo dos anos foi reduzindo na pauta a relevância dos servidores técnicos administrativos, pois não temos mais uma real influência na escolha do Reitor, isto é da natureza do homem que se volta para quem de fato decide a escolha do reitor. E a conseqüência é o desanimo e comodismo do segmento desprestigiado, pois servidores técnicos administrativos e docentes por lei cumprem o mesmo tempo de trabalho até sua aposentadoria, diferente do aluno que em média ficam 8 anos, da graduação até seu doutorado.
Ao longo de 33 anos vividos aqui na UNESP tristemente vejo nossa comunidade acadêmica: servidores docentes, servidores técnicos administrativos e anulado, nestas duas ultimas décadas sermos acometidos de um forte letargia/anestesia a resistência na defesa dos idéias que moldaram a UNESP de 1976 aos anos 1999, atualmente se tem a impressão que a maioria caminha como se somente ao seu umbigo olhassem, e esquecendo que somos um organismo cujo adequado funcionamento só acontecesse se seus órgãos trabalhem integrados.
Desejável seria que nossa UNESP enquanto estrutura refletirmos conjuntamente aonde falhamos, por exemplo, na comunicação e interação junto as sociedades dos municípios que têm nossos campus, pois se notamos friamente, somos vistos como funcionários públicos que geram algo não tão reconhecido por nossos concidadãos.
Cabe-nos enquanto unespiano indagar: porque a nossa mais proeminente característica que é estarmos de fato presente em todas as regiões do estado de São Paulo, com graduação de qualidade, desenvolvimento de pesquisas na região e, sobretudo extensão universitária desde o hospital humano, hospitais veterinário e uma variedades de clinicas de atendimento de odontologia, psicologia, pedagogia e tantas outras, três colégios técnicos, e ainda assim não temos um maior apoio institucional: prefeitos, deputados, senadores e outros?
Os homens são miseráveis, porque não sabem ver nem entender os bens que estão ao seu alcance. - Pitágoras
Antonio Roberto Mauad – Turquinho. MBA em Administração Pública e Gerência de Cidades, colaborador deste jornal.