Passado o aniversário de Botucatu e, em seguida, a comemoração da Páscoa, aqui abordo um fato improdutivo protagonizado pelo governador Dória em nossa Botucatu.
No último dia 11 de abril o governador esteve em Botucatu, mais propriamente no campus da UNESP, para inaugurar o novo e moderno prédio do Ambulatório de Especialidades, construído junto ao complexo do Hospital das Clinicas, que há nove anos vem sendo gerido pela Secretaria Estadual da Saúde, que foi quem respondeu pela construção, a qual demandou um longo período deste o início das obras, paradas por falta de verbas, retomadas e novas paradas, e por fim sua finalização em 2019.
A articulação junto à Secretaria Estadual da Saúde, iniciada por volta de 2012, resultou no remanejamento dos recursos destinados aos hospitais universitários geridos pela Secretaria, e aqui foi aplicado nesta necessária obra, que contou a época com a participação do prefeito João Cury, juntamente como o nosso caro Prof. Dr. Emílio Carlos Curcelli, à época Superintendente do Hospital das Clinicas, detentor do maior mérito nessa obra, e hoje o prédio se encontra em pleno funcionamento atendendo a população.
Mas o que tem haver a inauguração de uma obra que traz benefícios ao povo com a postura do governador João Doria? Há nos meandros da política institucional um modus operandi, pelo qual se respeita e se pratica algumas atitudes, como por exemplo, quando há inauguração em uma cidade, e nela ou na região há um deputado, a ele é dada a palavra. Contudo o atual governador João Doria não tem mostrado esse bom censo político, dele esperado nesses momentos.
Se relembrarmos a inauguração de 11 de abril p.p em Botucatu, a palavra foi vetada ao nosso deputado estadual Fernando Cury. Como um deputado local não fala em sua cidade e não lhe é permitindo falar, tal qual se fez como o deputado Fernando Cury. O que pretende com isso o governador Doria ao levar a cabo atitudes desnecessárias e improdutivas, no sentido de não fazer política com P maiúsculo, como infligiu ao nosso deputado botucatuense Fernando Cury? Nem os governadores eleitos no regime militar assim fizeram.
Quer João Doria criar e nutrir em cativeiro via gestos e atitudes políticas, a repulsa dos representantes políticos eleitos fora de sua aliança, mas que destes o governador em determinado momento virá a necessitar para gerir bem o nosso estado?
A eleição acabou e não há terceiro turno, estamos com mais de 120 dias de gestão, as atitudes podem atrair, bem como repulsar. A escolha é sua, pois um governador que pretende disputar o Palácio da Alvorada deveria fazer política “ciscando para dentro” como dizem os sábios políticos caipiras!
Quando fazemos da união nossa principal arma na luta por um objetivo comum, vencer é uma tarefa que se torna bem mais fácil. - Mundo das mensagens.
Antonio Roberto Mauad – Turquinho. MBA em Administração Pública e Gerência de Cidades, colaborador deste jornal.