28 de outubro se comemorou o dia do servidor público, uma classe de relevância ao país na gestão do Estado formado pela União, os estados e municípios mais o Distrito Federal, para que aconteçam as ações de governo nas três esferas de e suas gestões.
Sou servidor estadual SP há mais de 33 anos e sei bem do que falo, pois nossa categoria vem sendo atacada de forma indiscriminada por governos ditos sociais democratas, mas que visam somente reduzir a zero o serviço público.
Sim, no meio do serviço público há muitas coisas e situações em discordâncias com os dias de hoje, e como em qualquer lugar há os bons e os maus funcionários, porém os bons servidores ainda é maioria, pois o serviço de uma forma ou de outra acaba saindo. Atraso, filas e lentidão, muitas vezes decorrem por falta de reais condições e melhores ferramentas de trabalho, leis que façam o servidor ser mais produtivo ainda.
Se debruçarmos com total isenção no histórico dos últimos 35 anos na gestão do serviço público, os governantes do Poder Executivo que responde pela gestão de pessoal estatal, e os membros do Poder Legislativo que aprovam as leis que nos gerem, e nossa classe, todos de uma forma ou outra acumularam tanto com a falta de melhores condições de trabalho, e tristemente ressalto, a leniência de muitos servidores ao acomodar-se e não buscar melhor produção e qualidade na prestação de serviços junto com o “patrão” que despreza os serviços e servidores públicos.
Se notarmos o PSDB na figura de Geraldo Alckmin com mais de 12 anos no governo paulista iniciando como vice-governador e posteriormente como um dos mais longevos governadores do estado paulista, pouquíssimas e inócuas foram as ações de Alckmin no sentido de melhor adequar e melhor disciplinar o serviço público com a realidade do mercado, várias leis dependiam de criação federal, o que cabia no âmbito estadual não fez. Os sindicatos das várias categorias de funcionários públicos foram sendo de forma legal tomados estrategicamente no voto, por pessoa do PT, que também nada fez na condição de agente político para alertar e alterar o modus operandi do servidor frente à nova realidade social.
Neste caldo de equívocos ora cometidos de forma deliberada pelo patronato de plantão nos Bandeirantes, ora levado por pura leniência de nós servidores, resultou na sociedade se pôr contra o servidor público, e justo o servidor que com quem a sociedade mais se relaciona, que são os operacionais cujos salários não são exorbitantes pelo contrário, tem categoria que está com mais de 5 anos sem reposição da inflação e perdas salariais, sendo situação bem diferente da categoria dos servidores públicos como por exemplo, os pertencentes ao Judiciário nos cargos superiores de juízes, diretor, desembargadores presidentes de tribunal....
Neste cenário vem se descortinando a reforma administrativa federal a qual vai pegar todas as categorias em suas esferas de governo do serviço público brasileiro, e onde possivelmente vão retirar direitos, que nós servidores públicos não soubemos usar, pois levamos o uso destes direitos às raias do exagero.
Há sim a necessidade de se ter servidores públicos, sobretudo em um país como o Brasil onde o estado de bem-estar social encontra-se na Constituição Federal vigente, sem o servidor da creche, no posto de saúde, hospitais públicos, educação pública, policiais entre outros não acontece, assim vamos separar o joio e o trigo, pois o cidadão não deve deixar se levar por ilações, e dentro deste cenário cobrar do Estado mecanismos legais e justos que melhorem os serviços públicos exercidos pelo Estado União, os estados e municípios mais o Distrito Federal. Penso, encerrando, que o próprio termo “Servidor Público” já indica que é alguém que nasceu para servir. Portanto, deve ser dado o devido valor como tal.
Os sistemas de serviço público devem dispor de mecanismos para assegurar o controle da presença e de instrumentos para a redução das faltas e o cumprimento das obrigações dos servidores públicos com eficiência. - Alexis Gabriel Madrigal – Gestor público do Paraná.
Antonio Roberto Mauad – Turquinho. MBA em Administração Pública e Gerência de Cidades, colaborador deste jornal.