O acompanhamento terapêutico – AT é um tipo de prática clínica que vem se fortalecendo ao longo dos anos, no entanto, ainda existem muitas dúvidas a respeito e é importante aumentar a discussão dessa modalidade que pode auxiliar muito no processo de cuidado.
O AT se constitui uma modalidade de atendimento extra consultório, ou seja, o terapeuta vai até o paciente, em sua casa, na escola, ou em outras instituições, podendo complementar a terapia dentro do consultório ou ocorrer de forma autônoma. Dessa forma, visa promover a autonomia, a construção de um espaço de fala e de fazer junto, através da circulação e da apropriação de espaços públicos e privados.
Essa modalidade de atendimento é indicada para aqueles que se encontram em situação de sofrimento psíquico que afetam de forma significativa sua vida e seus projetos. Transtornos psiquiátricos, comprometimentos neurológicos, restrição de locomoção, dependência química, situações de crise, transtornos do espectro autista (TEA), dificuldade no processo de escolarização e enfrentamento de questões decorrentes do envelhecimento são exemplos de situações em que o AT pode ser indicado e pode beneficiar o tratamento, tornando-se parceiro dos demais profissionais envolvidos no processo de tratamento.
O acompanhante terapêutico desenvolve sua prática no processo de compartilhar o cotidiano de seus pacientes e, dessa forma, restabelecer as pontes com o mundo, com as relações e com os projetos de vida.