Nos últimos meses, motivado pelo lançamento de séries e filmes relacionados ao tema, a discussão sobre o suicídio voltou a estar em evidência, principalmente nas redes sociais. O fato é que, a prevenção do suicídio tornou-se uma questão de saúde pública, e passa pela discussão e ampliação do conhecimento sobre o tema, para que abordagens mais efetivas possam ser utilizadas como recurso para o enfrentamento da situação por profissionais e familiares.
O suicídio consiste na atitude intencional pela qual uma pessoa causa lesão a si mesma, e está relacionado a uma rede de fatores biopsicossociais. Nem sempre a questão é exatamente sobre a morte, mas sobretudo, associada ao desejo de acabar com uma dor física ou emocional.
A atenção a alguns sinais, como tristeza intensa e persistente, desinteresse em coisas/situações que antes eram prazerosas, tentativas prévias ou histórico de transtorno mental prévio, contribuem para uma escuta mais criteriosa, no sentido de oferecer acolhimento para o sofrimento, e pensar juntos em alternativas de apoio e ajuda.
Além de discutir e conscientizar as pessoas sobre o risco de suicídio, especialistas recomendam alternativas simples que consistem em ficar atento aos sinais, ouvir e conduzir, ou seja, estar atento e escutar para oferecer encorajamento e apoio em pedir ajuda profissional. Assim, é importante estabelecer uma relação livre de julgamentos, culpas ou ofensas, e em contrapartida, estabelecer uma escuta com afeto e empatia. Da mesma forma, considerar utilizar a ajuda de profissionais, grupos de suporte e o fortalecimento da rede de apoio.
Um dos principais canais de suporte gratuitos consiste no CVV - Centro de Valorização da Vida, que realiza apoio emocional e prevenção ao suicídio , atendendo gratuitamente por telefone, email, chat e Skype , através do site ou do número 141.
Em Botucatu, um grupo de voluntários das mais variadas áreas de atuação, estão envolvidos em formas pela valorização da vida e no combate aos índices de suicídio, constituem a Rede de Proteção à Vida. O grupo oferece atendimentos individuais para quem precisa de ajuda e também conta com atividades como Roda de Escuta e Dança Circular. É possível entrar em contato através do site www.precisodeajuda.org, e o telefone de contato é o (14) 3354-4111.
Contribuiu com o texto: Audrey Silva Assis. Psicóloga. Pós-graduada em Saúde do Adulto e Idoso. Atua como psicoterapeuta e acompanhante terapêutica (AT).