“Shalom Adonai!” (A Paz do Senhor!)
Estamos no terceiro mês do ano de dois mil e dezoito; e é uma noite de um frescor refrigerante para o templo do Espirito Santo, que é o corpo do cristão. O corpo é emprestado para ser usado durante nossa passagem por essa terra e para quando retornarmos para junto do Pai eterno, ser deitado ao pó donde foi formado. Na mitologia grega, o casal Deucalião e Pirra, lançam pedras para trás e estas transformam-se em seres humanos para repovoar a terra após a grande inundação. No registro sagrado cristão no livro de bereshit que conhecemos por Gênesis; o livro dos começos, temos a narrativa da formação do primeiro homem - do pó da terra – Deus dando forma a coroa de sua criação. Nesse instante daremos sequência a nossas descobertas e reflexões no Livro de Gênesis capítulo 2 versículo 13 que diz: “O nome do segundo rio é Geon, e é aquele que contorna toda a região de Cusch.” (Bíblia Sagrada - Ave-Maria). Aqui temos a sequência da descrição dos rios que marcam a localização do jardim no Éden, ou melhor dizendo, dos braços do rio que vem do Éden e este é o segundo braço. Tutmósis (Moisés) registra de forma primorosa e simples ao mesmo tempo. Este braço é identificado aos leitores como se estes tivessem prévio conhecimento da região. Notemos “é aquele que contorna toda a região de Cusch”; os leitores teriam que conhecer a região de Cusch ou Cuxe como trazem outras versões da Bíblia. Cuxe é um dos filhos de cam, filho de Noé, que sobreviveu ao dilúvio. O braço então passava pelas terras onde habitavam os descendentes de Cuxe, os cuxitas. Existem várias correntes teóricas a respeito da localização do Éden e percebemos que a identificação com os povos antigos identificados no texto são um norte para este fim. Uma pista atrás da outra, para desvendarmos nosso enigma.
Os cuxitas são identificados com os etíopes, pois, assim chamavam-nos os gregos antigos devido a cor de sua pele. A região onde habita um povo negro na antiguidade, é essa região que era contornada pelo braço do rio. É um ponto de referência para identificar as águas que ali correm. Quem lessem deveria ter conhecimento de onde era a terra de habitação desse povo negro. Vemos que Deus forma o homem; macho e fêmea e de cor vermelha, ou seja, da cor do barro, assim seu nome ser Adão de adam (vermelho). Agora vemos a menção do etíope, os de pele queimada; os negros. Temos então homens índios e etíopes, ou seja, vermelhos e negros. Nenhum etíope era melhor do que os indígenas. Hoje deve ser igual. A corda pele ou a origem de cada um não deve ser motivo de superioridade ou discriminação. Não devemos ser preconceituosos. Deus fez a cada um de nós como coroa da sua criação.
Murilo Mendes Maciel
Pastor, teólogo, professor e historiador
murilohist18@gmail.com