Não creio ser possível ver o mundo com tanto a se fazer e nós cruzarmos os braços e apenas vermos tanto a ser feito e nada fazermos ou só ficarmos “brindando” em grandes encontros ou desencontros ou até nos blindarmos para não sermos afetados pelas circunstâncias que a vida nos apresenta.
Triste é perceber que tendo tanto a se fazer estacionamos nosso ser diante de tantas maquinações ou mecanizações dos sistemas, sejam quais forem.
Nosso mundo moderno vem estacionando cada vez mais nas relações pessoais e estamos ficando mais impessoais...
A felicidade vem perdendo espaço para o egoísmo e o egocentrismo e estamos nos esvaziando de nós para preencher um vazio que vai tomando posse e destruindo a essência: ser feliz.
Um dia a mais sempre é o que pensamos ou demonstramos... Somente um dia a mais e esquecemos com facilidade o passado e o presente... É uma sensação de vazio incalculável que deprecia nosso ser e nos leva mais e mais abaixo...
Muitas vezes nos entorpecemos pelos venenos de cada dia e vamos apenas envenenando o mesmo mundo que dizemos querer bem e viver...
O mundo parece estar envenenado e não estamos percebendo que o amor está perdendo espaço... Será preciso chamar o ser humano de novo ao seu estágio inicial?
Será preciso voltar às cavernas para se redescobrir os valores de outrora ou o veneno está nos destruindo de tal forma que não conseguiremos mais retornar e recomeçar?
Nosso erro está em não saber mais escutar...
Nosso erro também é sempre falar que queremos mudar, mas não queremos ouvir... Não suportamos ouvir e por isso multiplicamos... Centuplicamos as palavras para não ouvir... Não suportamos ouvir.
Não sabemos amar e por isso nos jogamos nos devaneios da vida. Perdemo-nos em nossos devaneios que não consegue nos levar a lugar algum e muito menos à felicidade plena.
Estamos perdidos em meio a nós mesmos e, lá dentro, nos perdemos em nossos dramas e “frenesis” de tal forma e propensão que não dá por vezes, mais pra voltar...
Daí caímos nos saudosismos e perdemos a alegria de viver ou de sobreviver; talvez por isso tanta gente retire a própria vida. Não aguentam a solidão de si mesmos em meio a tanto egoísmo e, por vezes, mesmo estando na multidão.
Pois é... Temos que aprender a viver a vida a cada momento e não perder a alegria de viver... Bem sei que é difícil quando o mundo diz o contrário; mas o que importa é que, cá dentro de nós, digamos ser possível.
A vida deve nos levar a entender que somos capazes e devemos nos amar mais e mais; daí tudo dará certo... Confiemos em nosso “taco”.
Sempre querendo seguir avante eis-me aqui querendo ser feliz...
Eu,
Pe. Delair Cuerva, fmdp