Botucatu, sexta-feira, 04 de Julho de 2025

Colunista Pe. Delair Cuerva Padre Presidente da ASFA - Associação da Sagrada Família
08/04/2018

Para refletir



Como gostamos de confetes, não é mesmo?

Gostamos dos holofotes voltados para nós como se fôssemos artistas que vão receber o “Oscar”...

Somos eternos protagonistas do egocentrismo mais voraz...

Gostamos dos primeiros lugares, das cabines mais amplas e das “suítes presidenciais”.

Não é que não possamos ter as coisas melhores do mundo e nem que não possamos ser ávidos em querer o melhor... Não é isso! Mas o que temos que ter é a noção de que não somos o centro do mundo e que não podemos querer ser além daquilo que somos... Nosso espaço é nosso e de ninguém mais... Bastaria-nos pensar que se o ocupamos com polidez ele será bem melhor.

Fico aturdido com os escândalos que a mídia vem demonstrando... Gente que tinha ou detém ainda o poder sendo presos ou ameaçados de prisão ou ameaçados de perderem os cargos que deveriam ser de serviços e não de status...

Gente que deveria aprender o dom do serviço sem desmerecer ou querer ter a última voz e vez... E que acaba por jogar fora uma dita doação.

Triste ver que pessoas capacitadas e cheias de dons acabam por degringolar tudo que ganharam ou adquiriram por meras ideologias baratas ou meros truques de querer ter o espaço que não lhes pertence, mas poderia ser conquistado, porém acaba com tudo por mero egocentrismo ou por fazer banal o carinho das pessoas ou até mesmo querendo conquistar, mas da forma mais errônea do mundo: a afronta... Seja no coração ou na vida de outrem.

Confesso que, cada vez que convivo mais com as pessoas ditas “capacitadas” me detona o coração ao ver que estas são capacitadas intelectualmente, mas emocionalmente são perdidas e acabam com tudo por nada.

Não digo que sou perfeito, e estou longe disso, mas me assusta ver o que está havendo com nosso mundo e nosso tempo em todas as arestas sociais ou, até mesmo, pessoais...

Talvez por isso pulemos tanto de galho em galho e não deixamos marcas onde passamos; ou melhor, deixamos marcas indeléveis de liberdade e alívio quando saímos de onde estamos.

Muitos choram diante dos cadáveres, mas a minha pergunta vem em torno de que tipo de pranto deixaremos? Pranto de alívio ou de não termos feito aquilo que deveríamos ter feito?

Mais triste ainda quando não satisfeitos deterioramos os outros e buscamos “coligações” para destruir o “inimigo” por não fazerem o que queremos ou não se curvarem aos nossos devaneios e por isso nos achamos no direito de destruir a imagem daquele ser que nos afronta ou que diz “em nossa cara” aquilo que não queremos ouvir.

Quero uma Páscoa verdadeira... A começar por mim... Mas é necessário que eu me abra à ressurreição que não pode ser apenas minha, mas de todos que estão comigo senão serei ressuscitado sim, mas no egoísmo de querer tudo para mim custe o que custar e quem custar.

Com vontade de ser melhor e com um beijo de Jesus, pelos lábios de Maria e no abraço de José:

 

Pe. Delair Cuerva, fmdp










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