Botucatu, terça-feira, 29 de Abril de 2025

Colunista Pe. Delair Cuerva Padre Presidente da ASFA - Associação da Sagrada Família
08/06/2018

Não entristeça ao próximo



A qualidade deveria nos surpreender e não a quantidade, mas é muito melhor fazer um show para uma casa cheia que um público reduzido... Dá a impressão de vazio, não é mesmo?

Muitas vezes damos um “xau” pro oi...

Vivemos no escuro ao invés de viver no claro...

Morro ao invés de estar vivo...

E vivemos na ilusão de “Rin tim tim”...

“Eita” saudosismo ou perda de senso e de sintonia ou seria de telefonia?

Como poderemos fazer do Brasil e do mundo um lugar melhor se nem sequer temos nossa sintonia com o melhor que há em nós?

Como poderemos realizar algo de bom e louvável se não conseguimos fazer de nós mesmos pessoas melhores a cada momento e se queremos apenas “detonar” as pessoas em prol de nossos ideais ou ideologias e se queremos que os outros sejam como queremos e não como são e sequer conseguimos amar as pessoas como são e não como sonhamos que sejam?

É... Gostamos de fazer nosso show para que todos vejam aquilo que queremos que vejam e não como podem ser ou simplesmente porque são diferentes de nós...

Damos um “xau” a quem poderia nos amar e nunca um “oi” para quem chega de um jeito novo para modificar nossos marasmos ou nossas manias de sermos os donos da verdade...

Na sintonia de nossas “telefonias” forjadas em uma santidade falsa e medíocre queremos, por vezes até em nome do Deus “vivo”, jogar na fogueira quem não pensa como nós porque criamos nossas evidências ou nossas certezas em meio aos erros absurdos que tapamos com nossas manias de achar que temos que fazer como queremos e não como se deve ser.

Ao invés de levarmos as pessoas que nos rodeiam a encontrar o lado bom e “claro” da vida, preferimos leva-lo à escuridão de nosso egoísmo.

Como precisamos aprender a ser mais gente, não é mesmo?

Como precisamos aprender a fazer mais acontecer o amor que o ódio e como afastamos as pessoas de nossa convivência por não saber fazer valer aquilo que vale a pena sobrepor-se ao que é irrelevante.

Parece que sentimos prazer em fazer os outros sofrerem, não é mesmo?

Parece que sentimos o maior prazer se manifestar em nós a ir de encontro à dor alheia.

Precisamos aprender a deixar os outros viverem suas vidas e, se não posso ajudar, ao menos não devo atrapalhar ao outro, não é mesmo?

Bom, com tanto conselho e tanto a se dizer me despeço com um beijo de Jesus, pelos lábios de Maria, com José em seu coração...

Aguardando um mundo melhor e que as pessoas aprendam a serem felizes sem entristecerem a ninguém... Eu...

 

Pe. Delair Sebastião Cuerva, fmdp










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