Botucatu, segunda-feira, 15 de Dezembro de 2025

Colunista Pe. Delair Cuerva Padre Presidente da ASFA - Associação da Sagrada Família
22/06/2018

Ainda há tempo



É copa do mundo?

São eleições que vêm por ai?

É o ano que vai numa velocidade sem par?

É a violência que mata crianças?

São pais que matam filhos?

São filhos que matam pais e ainda têm direito à “saidinha” do dia das mães?

São as mortes por desatino dos “grandes”?

É a “abertura” da censura?

É a greve dos caminhoneiros?

É a culpa do vizinho?

Sempre a culpa da serpente (alusão à expulsão do paraíso)?

Engraçado isso, né? Sempre temos um “bode expiatório”; sempre é a culpa dos outros; nós somos os santos, os justos, os verdadeiros deuses.

Quando vamos assumir que o mundo está como está por culpa de cada um de nós?

Somos responsáveis por tudo o que acontece e não assumimos tal culpa; talvez justamente para não termos que descruzar nossos braços e termos que ir à luta.

Conversando com um amigo meu estes dias me disse que nunca viu tanta sujeira e tanta “maquinação” para se alcançar o desejado e é verdade... Brinco que uma pessoa pode não gostar da outra, mas se ambas encontrarem uma terceira de quem também não gostem as duas se unem para “matar” a terceira e, depois de conseguirem seu intento, voltam a estarem “de mal”.

Fico aturdido como nós queremos as coisas e usamos de “maquiavelismos” para tais... Não queremos nem saber se o outro teve razões para tal, somente destruímos as pessoas por não serem de nossa “curriola” ou pensar como queremos que pensem. Um exemplo? O que estou a escrever.

Nossas preocupações se tornaram tão pessoais que o nosso mundo está indo à deriva e nem percebemos... “Tapamos o sol com a peneira”... Muito mais cômodo, não é verdade? Nosso planeta indo à exterminação e nós preocupados com a vida dos outros... Nossa natureza sendo destruída e nós preocupados com rituais... Nossas crianças sendo usadas nos tráficos e nós preocupados com atitudes de vida... Nossos jovens perdidos e sem rumo e direção e nós preocupados com isso ou aquilo... As famílias sem diálogo e nós preocupados com expor isso ou aquilo que, diante do montante, é funesto.

Perdemos nossos princípios de amor verdadeiro e coerência com os conceitos ditos evangélicos ou cristãos: o verdadeiro amor.

Ou seja, o amor não é amado.

Mas ainda há tempo...

Ou melhor, enquanto respirarmos há tempo de fazer algo; de meditar sobre nossa vida e tentarmos agir melhor e assim seremos melhores...

O que vale é tentar.

Sempre tentando...

Com um beijo de Jesus, pelos lábios de Maria e no apoio de José:

 

Pe. Delair Cuerva, fmdp










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