É copa do mundo?
São eleições que vêm por ai?
É o ano que vai numa velocidade sem par?
É a violência que mata crianças?
São pais que matam filhos?
São filhos que matam pais e ainda têm direito à “saidinha” do dia das mães?
São as mortes por desatino dos “grandes”?
É a “abertura” da censura?
É a greve dos caminhoneiros?
É a culpa do vizinho?
Sempre a culpa da serpente (alusão à expulsão do paraíso)?
Engraçado isso, né? Sempre temos um “bode expiatório”; sempre é a culpa dos outros; nós somos os santos, os justos, os verdadeiros deuses.
Quando vamos assumir que o mundo está como está por culpa de cada um de nós?
Somos responsáveis por tudo o que acontece e não assumimos tal culpa; talvez justamente para não termos que descruzar nossos braços e termos que ir à luta.
Conversando com um amigo meu estes dias me disse que nunca viu tanta sujeira e tanta “maquinação” para se alcançar o desejado e é verdade... Brinco que uma pessoa pode não gostar da outra, mas se ambas encontrarem uma terceira de quem também não gostem as duas se unem para “matar” a terceira e, depois de conseguirem seu intento, voltam a estarem “de mal”.
Fico aturdido como nós queremos as coisas e usamos de “maquiavelismos” para tais... Não queremos nem saber se o outro teve razões para tal, somente destruímos as pessoas por não serem de nossa “curriola” ou pensar como queremos que pensem. Um exemplo? O que estou a escrever.
Nossas preocupações se tornaram tão pessoais que o nosso mundo está indo à deriva e nem percebemos... “Tapamos o sol com a peneira”... Muito mais cômodo, não é verdade? Nosso planeta indo à exterminação e nós preocupados com a vida dos outros... Nossa natureza sendo destruída e nós preocupados com rituais... Nossas crianças sendo usadas nos tráficos e nós preocupados com atitudes de vida... Nossos jovens perdidos e sem rumo e direção e nós preocupados com isso ou aquilo... As famílias sem diálogo e nós preocupados com expor isso ou aquilo que, diante do montante, é funesto.
Perdemos nossos princípios de amor verdadeiro e coerência com os conceitos ditos evangélicos ou cristãos: o verdadeiro amor.
Ou seja, o amor não é amado.
Mas ainda há tempo...
Ou melhor, enquanto respirarmos há tempo de fazer algo; de meditar sobre nossa vida e tentarmos agir melhor e assim seremos melhores...
O que vale é tentar.
Sempre tentando...
Com um beijo de Jesus, pelos lábios de Maria e no apoio de José:
Pe. Delair Cuerva, fmdp