Estes dias pensei na tristeza da perda...
Se bem que sempre penso nisso ao ver as pessoas em situações de risco ou mais frágeis...
Vejo gente que se vai nova e gente que fica “velha”... Vejo gente saudável se indo e gente toda “estrupiada” vendendo alegria e vitalidade...
Vejo gente que tem tudo chorar por tão pouco e vejo gente que quase nada tem, mas que sabe agradecer por este pouco e, satisfeitos ainda bradam o seu “graças a Deus”... “Eita” inveja santa... Se é que esta tal pode ser chamada de santa.
Vejo e ouço gente que chega a falar comigo e pedir conselhos de como viver bem e vejo gente que “não está nem aí”, mesmo vendo seu mundo “degringolar” diante de seu nariz e que não se importa com nada e nem tão pouco com ninguém...
Vejo gente que quer o que quer e quem quer sem medo de perder e vejo gente que luta, mesmo no silêncio, por ter o que se quer e como espera que seja sem ferir, sem podar, sem o pensamento de posse que maltrata e agride a liberdade humana.
Vejo gente que sabe que o seu lugar não pode ser ocupado, já que “dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço” como dizem o cientista Isaque Newton ou o matemático Arquimedes... Mas podemos sim ocupar o mesmo caminho na busca de que cada um ocupe o seu espaço, mas saiba “confiar em seu taco” e não ter medo de encarar as realidades e “os inimigos” de cara limpa e com toda a coragem que lhe é peculiar.
Não podemos é esmorecer (como gosto de dizer isso); temos que ir à luta (adoro falar disso) e ter a certeza de que “o que é do homem o bicho não come”.
Nossos egoísmos ou altruísmos ou quaisquer “ismos” é que atrapalham a gente de ser feliz e acabam por afastar a gente da gente mesmo e das pessoas que nos amam... Enquanto ficamos nesta luta desvairada por ter espaço acabamos por perder tanto tempo que não temos o mesmo tempo para realizações pessoais e daqueles que estão ao nosso redor correndo o risco de perdê-los nesta “guerra” declarada a outrem que não é de nosso bem querer.
Temos que ir à luta sim, mas saber as armas a serem usadas, pois correremos o risco de chegar com armas tão fracas que tenhamos que esconder diante da fortaleza bélica do cito inimigo e passarmos a vergonha de irmos à uma luta tão despreparados que não teremos como encarar.
É... Para encarar uma “guerra” nesta vida temos que ser bem articulados e termos a consciência de que somos mais... Essa deve ser nossa clareza e maturidade afetiva... Lógico que ser mais não quer dizer que somos superiores aos outros, mas se não amarmos a nós mesmos primeiro como poderemos querer que outros nos amem?
Com um beijo de Jesus, pelos lábios de Maria e no abraço de José em seu coração ficará mais fácil entender que somos amados, e muito, por alguém muito especial e que nos fez únicos para únicos seguirmos avante sem medo de sermos felizes.
Este incansável amante da vida e quer ser feliz sem fazer a ninguém triste:
Pe. Delair Cuerva, fmdp