Botucatu, sexta-feira, 04 de Julho de 2025

Colunista Pe. Delair Cuerva Padre Presidente da ASFA - Associação da Sagrada Família
11/08/2018

Tristeza da perda



Estes dias pensei na tristeza da perda...

Se bem que sempre penso nisso ao ver as pessoas em situações de risco ou mais frágeis...

Vejo gente que se vai nova e gente que fica “velha”... Vejo gente saudável se indo e gente toda “estrupiada” vendendo alegria e vitalidade...

Vejo gente que tem tudo chorar por tão pouco e vejo gente que quase nada tem, mas que sabe agradecer por este pouco e, satisfeitos ainda bradam o seu “graças a Deus”... “Eita” inveja santa... Se é que esta tal pode ser chamada de santa.

Vejo e ouço gente que chega a falar comigo e pedir conselhos de como viver bem e vejo gente que “não está nem aí”, mesmo vendo seu mundo “degringolar” diante de seu nariz e que não se importa com nada e nem tão pouco com ninguém...

Vejo gente que quer o que quer e quem quer sem medo de perder e vejo gente que luta, mesmo no silêncio, por ter o que se quer e como espera que seja sem ferir, sem podar, sem o pensamento de posse que maltrata e agride a liberdade humana.

Vejo gente que sabe que o seu lugar não pode ser ocupado, já que “dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço”  como dizem o cientista Isaque Newton ou o matemático Arquimedes... Mas podemos sim ocupar o mesmo caminho na busca de que cada um ocupe o seu espaço, mas saiba “confiar em seu taco” e não ter medo de encarar as realidades e “os inimigos” de cara limpa e com toda a coragem que lhe é peculiar.

Não podemos é esmorecer (como gosto de dizer isso); temos que ir à luta (adoro falar disso) e ter a certeza de que “o que é do homem o bicho não come”.

Nossos egoísmos ou altruísmos ou quaisquer “ismos” é que atrapalham a gente de ser feliz e acabam por afastar a gente da gente mesmo e das pessoas que nos amam... Enquanto ficamos nesta luta desvairada por ter espaço acabamos por perder tanto tempo que não temos o mesmo tempo para realizações pessoais e daqueles que estão ao nosso redor correndo o risco de perdê-los nesta “guerra” declarada a outrem que não é de nosso bem querer.

Temos que ir à luta sim, mas saber as armas a serem usadas, pois correremos o risco de chegar com armas tão fracas que  tenhamos que esconder diante da fortaleza bélica do cito inimigo e passarmos a vergonha de irmos à uma luta tão despreparados que não teremos como encarar.

É... Para encarar uma “guerra” nesta vida temos que ser bem articulados e termos a consciência de que somos mais... Essa deve ser nossa clareza e maturidade afetiva... Lógico que ser mais não quer dizer que somos superiores aos outros, mas se não amarmos a nós mesmos primeiro como poderemos querer que outros nos amem?

Com um beijo de Jesus, pelos lábios de Maria e no abraço de José em seu coração ficará mais fácil entender que somos amados, e muito, por alguém muito especial e que nos fez únicos para únicos seguirmos avante sem medo de sermos felizes.

Este incansável amante da vida e quer ser feliz sem fazer a ninguém triste:

 

Pe. Delair Cuerva, fmdp










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