Deixa falar o coração

As vezes, no boliço do mundo ou no vai e vem do cotidiano é preciso tomar tempo, parar um pouco e deixar que fale o coração... Assim canta Pe. Zezinho, o cantor, ao falar que temos que aprender a  parar para preencher as lacunas deixadas pelos espaços vazios que por vezes deixamos acontecer.

Parar é bom para ensinar a gente a ter para dar... Quem nada tem nada dá!

Mas é preciso parar um pouco e dar os passos conforme as pernas, não esquecendo que uma deve ir de cada vez e não as duas juntas... Pois,  corre-se o risco de uma atropelar a outra e quando menos se espera se vai ao chão... Pior são os pequenos que têm que dar passos mais rápidos, pois senão não alcançam os grandes, porém, os grandes têm que lembrar que suas pernas devem acompanhar os pequenos senão podem cair e “quanto maior, maior o tombo”.

A vida nos ensina a viver bem, mas temos que dar este tempo de viver bem e temos que ter a capacidade de não parar e seguir em frente.

As coisas acontecem, porém temos que estar prontos para os acontecimentos... Difícil é parar nestes tempos modernos para ouvir e para aprender a sorrir e amar de verdade, em reservas e sem ressentimentos ou medos de seguir avante... Temos que aprender a dar tempo, estar no tempo e para o tempo.

Parar um pouco faz bem para a alma e para o corpo e, eu que o diga, como isso se faz difícil agora e neste tempo.

Deixar falar o coração então é que são elas, pois muitas vezes, sem pensar, deixamos as coisas fluírem e acabamos por arrasar as coisas que poderiam ser melhores por falta de parar e esperar ou saber esperar...

Deixar falar o coração também é agir com o sentimento e não com a razão que supera a emoção muitas vezes se acaba por fazer a gente e as pessoas ao nosso derredor sofrerem as consequências.

É preciso parar um pouco... Respirar... Contar até dez e ver o que é necessário e prudente... Bem sei que quem me conhece vai dizer: justo ele falando isso! Mas é a verdade, é o fato... “Quando a cabeça não pensa o corpo padece”! Bem sei na pele o que significa isso.

Mas sabe de uma coisa? Com um beijo de Jesus, pelos lábios de Maria e no abraço de José fica muito mais fácil...

Eu, aprendiz da espera... Sempre:

Pe. Delair Cuerva, fmdp