Botucatu, terça-feira, 29 de Abril de 2025

Colunista Quico Cuter Jornalista, Autor, Escritor, Historiador e Poeta
23/11/2018

Caramba! Peguei implicância do Neymar!



Foto - Divulgação

 

Uma verdade nua e crua: Neymar pode até, no futuro, conseguir o status de melhor jogador do mundo,  a exemplo de outros brasileiros, no passado, como Reinaldinho Gaúcho,  Kaká, Reinado Fenômeno e Rivaldo, mas jamais será um ídolo. Embora todo brasileiro reconheça seu potencial no futebol, ele não consegue agregar simpatia. Falo por mim! Pessoalmente, não gosto dele. Torço contra ele. Caramba! Peguei implicância do Neymar!  Principalmente, quando joga pela seleção brasileira e se considera o dono do time. É ele o capitão, o responsável por todas as bolas paradas (quer cobrar todas as faltas) e, é claro, é o simulador profissional, além de querer apitar o jogo. E isso aos olhos complacentes de Tite.

Tite fez a nossa (ou melhor, a dele) seleção ser dependente de Neymar.  É impressionante! Qualquer jogador que pega na bola, imediatamente olha para o lado esquerdo do ataque buscando Neymar. É (o Tite) um grande técnico, sem dúvida, mas acredito que jamais irá colocar em seu currículo um título mundial dirigindo a seleção brasileira. Atentem a isso! Na última copa caímos contra a Bélgica e Neymar foi destaque não pelo futebol que apresentou, mas sim por suas simulações. Ele tem 25 anos e seus atos continuam sendo de um menino de 15, apesar do seu menino.

E vamos ser racionais. Como ser campeão do mundo levando a campo jogadores como Firmino, Pablo, Danilo, Eder Militão, Allan, Paulinho, Renato Augusto, Walace ou Richarlison? São bons jogadores? Sim! Mas é só! Pra jogar na seleção é preciso mais, muito mais! Com exceção de Neymar, quais desses jogadores protegidos por Tite teria um lugar nas seleções que conquistaram o pentacampeonato para o Brasil? Com eles o hexa fica cada vez mais distante! Muito longe! Chamem o Hulk!

Vamos fazer um comparativo das seleções que conquistaram os cinco títulos mundiais para o Brasil. Sem citar a seleção de 1982, de Telê Santana, considerada por muitos com a melhor de todos os tempos, mas caiu diante da Itália do atacante Paulo Rossi, autor de três gols italianos. O Brasil,  nessa copa disputada na Espanha,  era o “time dos sonhos” e entrou naquele jogo em Sarriá (Barcelona)  com Waldir Peres, Leandro, Oscar, Luizinho e Júnior; Toninho Cerezo,  Falcão, Sócrates e Zico; Serginho e Eder. No banco Paulo Isidoro, Paulo Sérgio, Edevaldo, Juninho, Edinho, Pedrinho, Batista, Renato Frederico, Roberto Dinamite, Dirceu e Carlos.

Então, vamos fazer um exercício e cada qual pode fazer a avaliação se Neymar seria escalado como titular nas cinco conquistas brasileiras. Os demais jogadores de Tite, nem para o banco serviriam. Ou sim? 

O time base de 1958 (Suécia) e 1962 (Chile) era composto por Gilmar (Castilho); Djalma Santos (De Sordi /Jair Marinho), Bellini (Mauro), Orlando (Zózimo) e Nilton Santos; Zito e Didi (Mengálvio); Garrincha (Zequinha), Vavá (Coutinho), Pelé (Mazola/Amarildo) e Zagallo (Pepe/Jair da Costa). Técnicos: Vicente Feola (1958) e Aymoré Moreira (1962).

A seleção brasileira de 70, no México, comandada por Mário Jorge Lobo Zagallo,  conquistou o tri-campeonato com Félix (Ado/Leão), Carlos Alberto (Zé Maria), Brito (Baldochi) Wilson Piazza (Fontana/Joel) Everaldo (Marco Antônio), Clodoaldo, Rivelino (Edu), Gerson (Paulo Cesar), Jairzinho,  Pelé (Roberto), Tostão (Dario).

Na conquista do tetra, em 1994, nos Estados Unidos, a seleção do técnico Carlos Alberto Parreira entrou em campo com Taffarel; Jorginho, Márcio Santos, Aldair  e Branco;  Mauro Silva, Dunga, Mazinho e Zinho;  Romário e Bebeto. O elenco ainda tinha Ricardo Rocha, Ronaldão, Zetti, Gilmar, Raí, Cafu, Leonardo, Paulo Sérgio, Muller, Ronaldo e Viola.

Veio a conquista do pentacampeonato em 2002, no Japão, e o técnico Luiz Felipe Scolari, convocou os goleiros: Marcos, Dida e Rogério Ceni;  zagueiros: Lúcio, Roque Júnior, Juan e Anderson Polga; laterais: Cafú, Roberto Carlos, Júnior e Belletti; meio-campistas: Edmilson, Gilberto Silva, Kléberson, Vampeta, Ricardinho, Juninho Paulista, Kaká e Ronaldinho Gaúcho; e os atacantes: Ronaldo Fenômeno, Rivaldo, Luizão, Denílson e Edilson.










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