Foto - Valter Campanato - Agência Brasil / Divulgação
Oito funcionários da Vale foram presos na manhã desta sexta-feira (15) pela Polícia Civil de Minas Gerais em uma operação que investiga o rompimento da barragem de Brumadinho (MG) pertencente à Vale.
De acordo com a Promotoria, todos são diretamente envolvidos na segurança e estabilidade da barragem, que se rompeu em 25 de janeiro. Dias atrás dois engenheiros que assinaram o laudo atestaram que a barragem não oferecia risco foram presos, mas acabaram liberados.
Eu só queria saber quando principal culpado por toda essa tragédia, o presidente da Vale, Fábio Schvartsman, será responsabilizado e preso pelo assassinato de dezenas de pessoas e julgado por um júri popular. E esse cidadão diz que “a Vale é uma joia brasileira que não pode ser condenada por um acidente que aconteceu numa de suas barragens por maior que tenha sido a sua tragédia".
Apesar das declarações do presidente da Vale, documentos internos da companhia revelados pelo MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) indicam que a represa da mina do Córrego do Feijão fazia parte de um grupo de 10 barragens com mais propensão a rompimento e que se encontravam em uma zona de atenção.
E mais: O documento indicava ainda que a companhia havia estimado a quantidade de mortos em caso de rompimento dessa barragem e os custos que a empresa teria se isso viesse a acontecer. Acidente, Schvartsman, foi seu nascimento!
E o rompimento da barragem do Córrego do Feijão deixa 166 mortos e 155 desaparecidos (até esta sexta-feira - dia 15). Mas isso está sendo tratado apenas como um detalhe. Eu queria saber se Schvartsman teria essa mesma opinião sobre a Vale se entre os mortos e desaparecidos estivessem seus parentes.
O pior de tudo é que não se entende porque a grande imprensa está passiva demais com esse cidadão. Exemplo disso é a não divulgação das explicações de Schvartsman a uma audiência pública realizada na Câmara dos Deputados.
As TVs pagas, que costumeiramente, divulgam ao vivo este tipo de evento na íntegra, cortaram, inexplicavelmente, a transmissão da audiência pública quando o presidente da Vale, estava ouvindo um monte de verdades sendo, inclusive, chamado de mentiroso, bandido e assassino.
Aliás, Schvartsman foi o único presente à audiência a não se levantar após um pedido por um minuto de silêncio em homenagem às vítimas da tragédia. E o que ele chama de acidente eu classifico como chacina.
Então, não se entende porque tanta complacência com esse homem. Eu disse que não se entende? É, perfeitamente, possível deduzir. Elementar, meu caro Watson.