Botucatu, terça-feira, 29 de Abril de 2025

Colunista Renato Ruiz Lopes Pastor da Primeira Igreja Batista em Botucatu (PIB)
21/11/2018

Caminhos do coração



Acima de tudo, guarde o seu coração, pois dele depende toda a sua vida.

Afaste da sua boca as palavras perversas; fique longe dos seus lábios a maldade.

Olhe sempre para a frente, mantenha o olhar fixo no que está adiante de você.

Veja bem por onde anda, e os seus passos serão seguros.

Não se desvie nem para a direita nem para a esquerda; afaste os seus pés da maldade.

Provérbios 4:23-27

Pecado original, em minhas reflexões(quase que heréticas eu acho), chego há uma suposição de que seja o ponto onde nós não saímos do lugar, podemos chamar também de zona de conforto, mediocridade ou até mesmo preguiça. Pecado original é o estado de não transcender. Não nascer de novo, é o ato de não transcender, não repensar, não ‘re-significar’.

Isso não tem nada a ver com capacidade intelectual ou com curso superior. Mas sim, esta totalmente ligado ao estado livre de espirito. Esse estado nos coloca diante do novo e da inconformidade com o mesmo, assim vamos sendo renovados dias a pós dia na graça e no conhecimento.

Pensar é ser livre para existir, dentro disso pergunto a você:

Quem é você?

Para onde você vai?

Se você não sabe os caminhos que levam ao seu coração e quais lugares que seu coração te leva, sinto lhe informar que ao menos você sabe quem és e provavelmente não sabe para onde vais. Isso é muito perigoso.

Carl Jung disse:

“As pessoas vão fazer qualquer coisa, não importa o quão absurdo, para evitar olharem para suas próprias almas.”

Como amigo preciso lhe orientar, lhe alertar, quanto aos caminhos do coração. Obvio que não tenho um conjunto de regras e maneiras para resolver seus problemas de identidade e crises, mas quero lhe propor uma construção de caminhos e perspectivas para ajudar nesse processo.

Qual é voz que você ouve? Quem diz o que você é?

Comumente ouço muitas pessoas preocupadas com a vozes que soam do lado de dentro. Ou seja, como diria Jacques Lacan:

‘Onde não pensamos, ali existimos’.

Ouvimos vozes, mas não discernimos porque não sabemos qual é nossa, não sabemos qual é a voz do nosso coração. Por isso muitas vezes fazemos coisas que sabemos que normalmente não faríamos. Parece que roubam nossa identidade. Rouba-nos da gente mesmo.

Discernir essas vozes e saber qual nos fala, e qual nos remete a nossa real identidade, é um passo importante no caminho para nosso coração.










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