Olá querido (a) leitor (a), estamos próximo ao final do ano. Na possibilidade de um tempo para uma olhada para traz, parece que foi ontem o início de 2018. Mas o ano se finda e traz aquela sensação gostosa de mais um natal seguido de uma ano novo. As esperanças se renovam, mesmo que tudo seja para nós igual na manhã seguinte, no primeiro do ano. É momento de fazer uma balanço do que se foi e uma previsão do que será. É preciso olharmos que projetos tínhamos para 2018, quais conseguimos ter êxito e quais não conseguimos e reprogramar para 2019.
Mas não podemos deixar de viver o clima natalino. Uma festa que para alguns é apenas motivação de comércio, mas para outros, a comemoração do nascimento do Menino Deus. “Afinal, um menino nos nasceu, um filho nos foi concedido, e o governo está sobre os seus ombros. Ele será chamado Conselheiro-Maravilhoso, Deus Todo Poderoso, Pai-Eterno; Sar-Shalom, Príncipe-da-paz” (Isaias 9,6). Hoje falar do nascimento de Jesus, o Messias que viria para reinar sobre Israel, não significa muito. Mas na época de seu nascimento era grande a esperança do povo por um libertador. Hoje o natal representa alegria, mas não uma alegria messiânica daquele tempo.
Quantos celebram a festa do Natal sem a esperança de um mundo melhor? Seria importante pensar que o Natal é festa da luz, pois nos nasce um menino, o Emanuel, o Deus Conosco. “Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, E chamá-lo-ão pelo nome de Emanuel, Que traduzido é: Deus conosco” (Mateus 1:23). O Natal deveria representar para nós paz e solidariedade e não bebedeiras e comilanças sem sentido como costuma acontecer. Antes de nossa ceia deveríamos parar um pouco e fazer uma prece ao Menino Deus por estar conosco. Será que o aniversariante é lembrado em nossa ceia Natalina?
Natal para mim tem lembrança de verão, sol, tempo de alegria, flor de flamboyant. Sim flor de flamboyant, pois minha infância, até os oito anos, foi praticamente debaixo de um pé de flamboyant. Sou encantado com essa árvore até hoje. É uma árvore imponente e suas flores vermelhas representam para mim um Natal Nacional. O Natal no hemisfério sul acontece no verão e não no inverno, hemisfério norte, representado pelo europeu com neves. Nosso natal deveria ser representado pelo sol, Jesus Sol de Justiça e não pela neve.
Nosso Natal deve ser visto a partir da realidade em que vivemos. Outrora Maria e José (pais de Jesus), bateram em algumas portas pedindo guarida, pois não tinham onde se hospedar para que acontecesse o Natal do Senhor. Que sentido teria para nós hoje o Natal se nosso coração não se fizer guarida para nosso irmão? Que sentido teria celebramos nosso Natal se ainda estamos frios, cheios de preconceitos, cheios de julgamentos e onde até mesmo os que se dizem religiosos brigam tentando mostrar que sua religião é a melhor? Já dizia a doutrina espírita: “fora da caridade não há salvação” (KARDEC, Allan., O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. 15). Sendo assim, não é a religião que nos salva.
“Mas para vós outros que temeis o meu nome nascerá o sol da justiça, trazendo salvação nas suas asas; saireis e salteareis como bezerros soltos na estrebaria” (Ml. 4.2). Busquemos fazer o balanço de nossas vidas na esperança de um novo ano. Que os preparativos para o Natal nos leve a pensar o sentido da encarnação de Jesus. Tenhamos a alegria da festa da luz e que a justiça seja nossa meta para o Novo Ano que iremos iniciar. Não a justiça do instinto humano, mas a justiça aos moldes divino, praticada com amor, misericórdia e tolerância. Assim a paz será convertida em alegria que nos levaria a saltar como bezerros na estrebaria, ou seja, como crianças inocentes sem malícia no coração.
Paz e Bem!
Rev. Benedito Carlos Alves dos Santos