Botucatu, terça-feira, 29 de Abril de 2025

Colunista Sandra Bertotti Master Executive & Business Coach
19/08/2018

12 Passos para desenvolver seu potencial de liderança



Atualmente, as exigências do dia a dia e a cobrança de entrega de atividades diárias, acabam consumindo nossa energia de planejamento a longo prazo, e sem perceber, passamos a executar tarefas operacionais de forma automática, sem pensar no impacto que isso poderá causar a longo prazo, e o quanto isso poderá atrapalhar nosso desenvolvimento pessoal ou empresarial.

Cada um de nós, é um líder! Seja na vida pessoal, liderando a família; ou na empresa, liderando uma equipe; ou principalmente, em nossa própria auto-liderança, quando lideramos a nós mesmos.

Nem sempre pararmos para pensar no quanto isso impacta a nós mesmos e as pessoas a nossa volta e o quanto, novos resultados dependerão de nossas próprias atitudes.

ALGUMAS FORMAS DE DESENVOLVER MEU POTENCIAL DE LIDERANÇA:

1) SABER MEU LUGAR NA EMPRESA: É comum que os líderes possam nascer de pessoas mais engajadas ou comprometidas, ou que almejam alcançar patamares maiores do que a maioria, ou por necessidade no caso de um dono de uma empresa, ou porque aparentemente, alguém precisa assumir algum posto ou responsabilidades no meio corporativo.

Um dos principais pontos a refletirmos, é o quanto entendemos que a nossa responsabilidade como líder, é conduzir pessoas a serem melhores e a entregarem resultados positivos na empresa. Pode parecer óbvio, mas deixarmos de ter a visão autocrática, para começarmos a ter uma visão mais democrática, é um processo de equilíbrio entre prioridade de informações + visão estratégica de onde a empresa deverá chegar + o meu papel nela + desapego das atividades e delegação das mesmas + cobrança dos resultados.

Entender que ser líder, não é apenas ''delegar'' informações ou atividades, mas, ter a preocupação de ser o ''canal'' ou a ''pessoa responsável'' por fazer tudo rodar de forma constante e sem desgastes emocionais, para não comprometer a estrutura, levando a uma equipe desmotivada ou não engajada, e consequentemente, uma sobrecarga de atividades dos líderes e pouca entrega de seus liderados.

Quando entendemos que ''nós somos os responsáveis'' por mudar o mundo a nossa volta, pensando na equipe e nas entregas como um todo, passamos a deixar de ter uma visão individualista de ''saber que eu estou fazendo o meu trabalho bem feito, e o outro que faça o dele'' e passamos a ''conduzir o outro para entregar o que é necessário''.

2) TER AUTOCONHECIMENTO E AUTOCONTROLE: Agora que sei exatamente minha função na empresa, é preciso saber quem eu sou e como eu funciono, para isso, atualmente, existem inúmeras ferramentas de autoconhecimento, dentre elas perfis que identificam seu funcionamento pessoal, formas de absorver informações no meio, formas de se comportar, usar o tempo, demonstrar amor, bem como outras que mostram seus pontos de sabotagem, e outras formas de travamento, foco, entrega de resultados, habilidades e competências. Quanto mais nós nos conhecemos, mais saberemos lidar conosco!

Mas, o que isso influencia no meu dia a dia? Respondendo a essa questão, é possível identificar que se eu não sei meus limites, facilmente, poderei perder o controle sem ter consciência disso, colocando a minha credibilidade pessoal em cheque, ou podendo agir por impulso, de forma reativa em alguns momentos, sem perceber, perdendo a confiança que já estou construindo durante muito tempo, e isso, nem sempre as pessoas nos sinalizarão, mas apenas responderão de forma reativa aos estímulos que liberarmos nelas, levando a um resultado não tão bom assim.

Um exemplo, é quando vamos fazendo todas as funções de todos da equipe, para que no final, tudo seja entregue, e ao mesmo tempo, fazemos com que a equipe se acostume a ter a responsabilidade até um certo ponto, se tornando dependentes de nós, e ao mesmo tempo, trazemos um desgaste grande para nós mesmos, pelo acúmulo de atividades.

3) SABER FALAR NÃO E DAR LIMITES A TUDO E A TODOS: Nem sempre os grandes líderes sabem falar não, e isso pode trazer a longo prazo, um impacto grande em seus próprios resultados!

Quando NÃO falamos NÃO para alguém, estamos falando NÃO para nós mesmos!

Sempre que não conseguimos falar ''não'' para alguém, estamos deixando de falar sim para nós mesmos, ou seja, estamos nos deixando de lado, para agradar às outras pessoas, e isso, a longo prazo nos trás, além do desgaste emocional e físico, de cansaço e estafa mental; a falta de prioridade em focarmos mais na área estratégica, na visão gerencial tática ou estratégica da empresa ou de nossas próprias entregas de responsabilidade, podendo ao final de meses, mostrar que não entregamos resultados satisfatórios, apesar de nossa total dedicação em horas de trabalho. Então, é preciso saber que ''dedicação e esforço'' no trabalho não necessariamente, significam ''alta-performance e resultados extraordinários'', é preciso planejar e ser assertivo nas suas próprias entregas, para não ter gasto de energia a toa, desperdiçado com atividades operacionais (que poderiam ser delegadas), ao invés de atividades estratégicas (que precisam ser feitas para que possamos atingir um outro nível).

4) FALAR NÃO, NÃO NEGANDO O SIM: Muitas vezes somos muito ''8 ou 80'', ou seja, achamos que ''ou fazemos uma atividade com intensidade ou não fazemos''. E se pararmos para pensar, é preciso ter flexibilidade e adaptação para toda e qualquer situação. Unindo o ítem anterior, de ''não falar não'', unido ao ''não negar o sim'', é possível, adequar o pedido das pessoas no seu momento, ou seja, eu posso me permitir ajudar e fazer o que me foi pedido, mas no tempo e momento que eu puder, sem me colocar de lado e sem passar a impressão de que ''eu não quero fazer''.

Vamos a um exemplo: Imagine sua agenda lotada de atividades e um chefe ou um cliente, pede um encaixe ou uma entrega urgente, e ''se você aceitar, sem falar não'', poderá comprometer seu horário de almoço ou terá que ficar de hora extra, podendo ter conflitos familiares com o cônjuge depois do expediente, por estar mais uma vez na empresa. Para evitar esse tipo de conflito, é possível unir duas técnicas de comunicação, como ''falar não + não deixar de falar sim'', por exemplo: ao invés de falar ''não, eu não posso fazer o que você está pedindo, porque eu tenho outras atividades'' (que poderá passar a impressão de que você não quer fazer e está de má vontade), imagine adaptar essa forma de linguagem para: ''eu não consigo entregar ou te atender agora, mas posso fazer para amanhã até as 15h? ou para daqui a dois dias, no período da manhã? estaria tudo bem para você? ou se preferir, posso priorizar o que me pediu, se atrasar tal atividade, qual delas teria maior prioridade?''

É possível perceber a diferença nesse pequeno ajuste de comportamento? Ou seja, você não vai prejudicar seu horário de almoço ou se colocar em risco, e também não vai deixar o cliente ou o chefe na mão. Essa forma de linguagem pode ser aplicada para todo em nossa vida, sendo uma das várias técnicas que temos de comunicação assertiva para lideres, porém, se você se permitir experimentá-la, já obterá resultados diferentes, e aos poucos, novas técnicas poderão ser acrescentadas e aprimoradas, no seu desenvolvimento de liderança.

5) TER AUTOESTIMA ALTA E DESENVOLVER PESSOAS: Um dos pontos mais comuns de conflitos entre lideres e liderados, é que a maior parte dos líderes, ainda se percebem como parte do meio de subordinados, mesmo que tenha o controle de atividades de maior responsabilidade e entrega de resultados, o qual é muito importante, mas além disso, é importante começar a ''se ver'' de forma diferente, sabendo que você como líder, deve conduzir as pessoas ao seu redor, bem como desenvolvê-las, utilizando o melhor delas no dia a dia.

Cada um de nós, tem habilidades e virtudes diferentes uns dos outros, e a beleza disso é que muitas coisas que você visualiza, elas não conseguirão visualizar, e muitas coisas que elas visualizam, não são perceptíveis por você. Uma coisa é a visão da empresa e responsabilidade do meio (e claro, que nessa questão, o líder tem uma maior visão sistêmica da empresa, do que seus subordinados), mas, é algo diferente do que ter aptidões ou percepções externas das necessidades do meio. Por exemplo: Imagine que você como líder, tem inúmeras qualidades, mas não tem uma visão organizacional tão apurada, e um dos seus liderados, pode ter uma visão organizacional de colocar cada item no lugar, de forma ordenada ou sistêmica, visualmente congruente ao mesmo, nos tamanhos, números ou cores combinando e no final, passar uma visão ao setor de que tudo está no seu devido lugar e que tudo faz sentido. Reconhecer as habilidades dos liderados, não torna o líder um fraco, mas ao contrário, o torna forte, por demonstrar que ele tem segurança suficiente em si mesmo, e pode potencializar as qualidades dos seus subordinados, os colocando em evidência, sem ter medo de que ele ''se destacará mais do que eu'', e isso, ao longo prazo, melhorará e muito o desempenho da equipe toda, e tornará você, um líder, cada vez melhor e mais respeitado.

6) BUSCAR MELHORIA CONTÍNUA SEMPRE: Todos nós, seres humanos, precisamos buscar melhorar sempre, e quando passamos a entender isso, passamos a amar o nosso próprio desenvolvimento e autodescoberta. Cada estudo, cada curso ou cada artigo que nós lemos, nós ampliamos de alguma forma nossa visão e percepção do meio em que estamos, e mesmo que de uma forma inconsciente, todas as novas informações são armazenadas em nossa mente, para serem utilizadas em algum momento, principalmente nos momentos em que entrarmos em contato com alguma experiência que nos remeterá a essa informação.

Sempre que buscamos entender o contexto em que estamos, as mudanças constantes a nossa volta e as necessidades para nos adaptarmos a elas, ampliamos nossa capacidade emocional, nossa inteligência emocional, principalmente, por refletirmos e começarmos a nos questionar das melhores formas de resolvermos as coisas, tendo insights de novas formas de ver as mesmas coisas, aos poucos, adaptando tudo para uma versão melhor, enxugando o necessário e eliminando o que não faz sentido, ampliando nossa neuroplasticidade e nossa inteligência emocional, portanto, a busca constante pelo estudo, pelo coaching e outras ferramentas são necessárias para além de sermos líderes cada vez melhores, podermos ser um ser humano cada vez melhor.

7) RESPEITAR O OUTRO SEM SE DESESTABILIZAR: É importante sempre ouvir o que as pessoas tem a dizer, sem julga-las. Existem alguns desvios de personalidade. comuns entre nós, seres humanos, e dentre elas, uma das percepções mais comuns de desvios de perfil, é quando um líder ''acha que sabe'' o que o subordinado está pensando, ou o ''porque ele está agindo de determinada maneira''. Não podemos esquecer que cada um pensa, com sua própria mente e que isso, vem de encontro com o que a pessoa já viveu, suas experiência, formas de ver a vida, habilidades e disso tudo, é possível perceber que a pessoa pela qual você pode achar que ''sabe exatamente o que ela pensa'' pode ser apenas uma percepção sua, e não ser condizente com a realidade dela. Um exemplo disso, é quando um colaborador se oferece para realizar uma determinada atividade por já ter experiência nisso e ver que é algo que fará a diferença na empresa, e o líder acredita que a intenção é de aparecer e de estar montando uma forma estratégica de tomar seu lugar. Esse tipo de percepção é mais comum do que imaginamos, então, antes de julgar, converse com a pessoa abertamente e verdadeiramente, para saber como ela pensa e o que realmente ela quer dizer com isso, e quais foram as reais intenções dela nesse caso.

8) TUDO TEM LIMITE: Como líder, é preciso saber que para tudo é necessário ter limites e para tudo se tem limites. As vezes você pode ter colaboradores bons, e que são muito atenciosos e dispostos a fazerem o que for preciso pela empresa, mas que em alguns momentos, esses mesmos colaboradores, podem ''perder a paciência'' e agir de alguma forma, com um comportamento não esperado, demonstrando que o limite foi ultrapassado. Neste caso, é importante não generalizar com a frase ''ah, ele fez isso e está mostrando quem realmente é'' ou ''estava fingindo até agora, e agiu assim, então era tudo falsidade'' e pensar que pode ser apenas uma expressão de ''o limite estourou e estou sinalizando no meu comportamento que isso não está legal e como não sinto abertura para falar com você sobre isso, estou demonstrando de forma inconsciente de que não aguento mais''. Então, antes de julgar, pense, você tem o controle nas mãos de líder, mas seus liderados não! Ou seja, a responsabilidade de dar abertura para que seus colaboradores tenham acesso até você é você quem dá, e precisará partir de você e não deles. Definir limites é o que torna a equipe saudável. Se não há limites tudo fica solto e nada, nunca será o suficiente! Se há limites, há regras, e se há regras, todos sabem mais claramente o que precisa ser feito e entregue.

9) TER UMA EXCELENTE COMUNICAÇÃO: Alguns lideres pecam por dizerem aos seus subordinados que ''eles precisam mudar e agir de forma diferente'', ou que ''eles precisam entregar mais'', e esquecem de explicar ou definir 'o que realmente precisa ser entregue ou feito''.

Nem sempre sabemos nos comunicar ao certo, como é a melhor forma de agirmos, mas quanto maior a comunicação, mais rápido teremos o retorno e resultado da equipe.

10) TENHA SEMPRE EMPATIA NA COMUNICAÇÃO

Quando nos colocamos no lugar do outro, sentindo o que ele sente, sabemos exatamente como trata-lo, da melhor maneira e na medida certa, e ao mesmo tempo, na linguagem que ele mais assimilará, evitando ruídos e com um maior e melhor relacionamento. Quando apenas falamos o que queremos, de forma reativa, sem pensarmos, acabamos na maior parte das vezes, fazendo com que o colaborador ''se arme'' e apenas reaja a nossos estímulos de comunicação, se defendendo do meio e apenas justificando suas ações, ao invés de refletir sobre elas. Se comunicar de forma empática é uma arte e os líderes que desenvolvem essa habilidade, tem um maior tesouro em suas mãos, e tornam-se capazes de conduzir equipes saudáveis, verdadeiras e na sua maior entrega e performance, por não conduzirem a equipe a ''fazerem por obrigação'', mas, ''fazerem por prazer e por se sentirem úteis fazendo''. Então, a melhor forma é despertar no outro, a necessidade de fazer e ao mesmo tempo, a decisão de fazer, partindo dele, e não de uma forma impositiva, ou mandatória do líder.

11) SEJA ORGANIZADO, DELEGUE O NECESSÁRIO

Todo líder é gestor! E todo gestor é líder! Quanto maior o desenvolvimento em suas próprias habilidades e organização, maior sua liderança, maior sua segurança, maior sua performance.

Saber exatamente quais são as atividades que você exerce, organizando-as em um cronograma planejado, de forma que seja possível saber o que precisa ser feito e em que momento será feito e definir o como e por quem será feito, são prioridades na vida de um líder. Identificar o grau de importância e urgência de cada atividade é primordial, para saber o que delegar, o que descartar, o que agendar na programação e o que priorizar no dia a dia.

''Se tudo é urgente, nada é urgente''.

Se a sensação é de que tudo é urgente, você provavelmente, não conseguirá priorizar nada, porque tudo terá o mesmo peso, e quando você fizer uma atividade, estará nela pela metade, pensando na outra que está deixando de lado, para realizar a atividade atual, e isso a longo prazo, trará a sensação de cansaço mental e desorganização, e consequentemente, a sensação de que tudo está de perna pro ar, e que não é possível ter controle de nada!

Então, um passo de cada vez, aplicando da seguinte forma:

a) Coloque no papel todas as atividades que você faz

b) Dê uma nota de 0 a 10 para o grau de importância e de urgência

c) Selecione: O que é mais importante e mais urgente, faça agora! O que é mais importante e menos urgente, agende na programação! O que é menos importante e mais urgente, delegue, sem apegos! O que é menos urgente e menos importante, delete, eliminando o que está em excesso!

12) BUSQUE SEMPRE O EU DESCONHECIDO: Para ser sempre um ótimo líder, é preciso ter a percepção das pessoas que estão a sua volta, converse sempre com seus subordinados, perguntando abertamente o que eles acham de você e quais habilidades seriam preciso ampliar e desenvolver. As críticas que mais doem, são as que mais nos fazem crescer!

Crescer dói, mas ficar parado onde está dói mais a longo prazo!

Permita-se desenvolver todos os dias, um pouco a mais do que ontem, sabendo que você está indo em direção ao que acredita e aos seus sonhos!

 

Sandra RZ Bertotti

Master Executive & Business Coach 

Consultoria Empresarial

Consultório Coaching 

Treinamento e Desenvolvimento Pessoal e Empresarial 

www.consultoriocoaching.com.br 

(14) 997330419










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