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A concentração está prevista para acontecer na Praça da Catedral, a partir das 14 horas onde outras manifestações foram registradas e a expectativa é que o movimento atraia pessoas ligadas a diferentes segmentos sociais da cidade
Nesta quarta-feira aconteceu o Dia Nacional de Paralisações e Greves contra as reformas da Previdência e Trabalhista propostas pelo governo do presidente Michel Temer. Pelo menos 13 capitais de Estados registraram protestos, como São Paulo, onde várias cidades do interior, entre elas Botucatu, fizeram manifestações. Em Botucatu concentração foi na Praça Comendador Emílio Peduti - Bosque. Essa foi uma prévia para a manifestação nacional a favor da manutenção da Operação Lava Jato, marcada para dia 26 de março.
Entidades ligadas a diferentes segmentos sociais de Botucatu estão mantendo contato via internet, preparando para participar desse ato de protesto nacional convocado pelos grupos Vem pra Rua, Movimento Brasil Livre (MBL), Nas Ruas e Revoltados Online, para o dia 26 de março (domingo). A concentração em Botucatu está prevista para acontecer na Praça da Catedral, a partir das 14 horas. A expectativa é que o movimento atraia pessoas ligadas a diferentes segmentos sociais da cidade.
Botucatu sempre marca presença neste tipo de protesto e sua maior manifestação popular aconteceu em junho de 2013 quando cerca de 10 mil pessoas estiveram numa carreata aderindo ao ato nacional em defesa ao transporte público ou Movimento Passe Livre (MPL), contra o preço das tarifas, corrupção e cobrando mais investimento em áreas específicas como Saúde, Segurança, Trabalho e Educação. A convocação foi feita por intermédio do Facebook.
Naquela ocasião, a concentração aconteceu na Praça Praça Emílio Peduti (Bosque) e os manifestantes seguiram pela Rua Amando de Barros até a Praça Coronel Moura (Paratodos) com as caras pintadas, narizes de palhaços, cartazes, faixas, apitaço, cantando e gritando palavras de ordem e encerraram o ato em frente a Prefeitura Municipal.
O objetivo agora é mostrar o apoio incondicional à Operação Lava Jato e a interferência política sobre a investigação, como a escolha de investigados para cargos estratégicos no Congresso. “Nosso mote será: Brasil sem partido, pois não queremos um STF que se dobre às vontades deste ou de qualquer outro governo, agindo com lentidão para salvar os que têm foro privilegiado, utilizando-se dele para escapar da justiça”, diz texto assinado por sete movimentos que integram o ato. A ideia é ocupar as principais avenidas das cidades do país.
Em razão da onda de insegurança os grupos também defenderão o direito de os cidadãos portarem armas. “Voltamos às ruas. Desta vez, pelo fim do estatuto do desarmamento, fim do foro privilegiado, pelo bom andamento da Lava Jato e pelas reformas trabalhista e previdenciária - cortando privilégios e mamatas de políticos e do Judiciário”, escreveu o MBL em sua página no Facebook.
Vale lembrar que o STJ (Superior Tribunal de Justiça) receberá nas próximas horas 83 pedidos de abertura de inquérito solicitados pelo Procurador Geral da República (PGR), Rodrigo Janot, contra executivos, ex-executivos e políticos ocupam (ou ocuparam) altos cargos no Congresso Nacional e República.