Transporte coletivo urbano em Botucatu terá monitoramento de 10 fiscais

Fotos: Valéria Cuter

Trabalho consiste em registrar tudo o que acontece durante o trajeto das mais variadas linhas acompanhando itinerários, registrando atrasos, velocidade, quebras de equipamentos dos coletivos e ouvir os reclamos dos usuários

 

Por determinação do secretário municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana,  André Peres, os ônibus das empresas Stadtbus Transportes e  Viação São Dimas que exploram o transporte coletivo urbano em Botucatu terão monitoramento constante de 10 fiscais contratados pela Prefeitura Municipal de Botucatu. Eles trabalharão uniformizados para facilitar a identificação.

De acordo com o secretário, o trabalho dos fiscais consiste em registrar tudo o que acontece durante o trajeto das mais variadas linhas. “Eles (fiscais) acompanharão itinerários, registrarão atrasos, velocidade, quebras de equipamentos dos coletivos,  assim como ouvirão e anotarão as reclamações dos usuários, entre outras coisas, com o intuito de aprimorar os serviços. Também objetivamos dar espaço para que os usuários possam se manifestar, já que sempre haverá um fiscal uniformizado  por perto para que eles tirem suas dúvidas ou façam reivindicações”,  colocou Peres.

Outra atribuição interessante citada por Peres é com relação ao relacionamento entre os fiscais e as empresas concessionárias. “Eles terão a liberdade de ligar para os diretores das empresas para que os problemas sejam resolvidos o mais rapidamente possível. Caso haja algum problema mais sério a ser resolvido, os fiscais acionam a assessoria da Secretaria de Mobilidade Urbana para que as providências sejam tomadas”, disse.

 

Rescisão de contrato

Vale lembrar que  em dezembro do ano passado, o então prefeito João Cury Neto, anunciou a rescisão de contrato com as empresas Stadtbus Transportes e Viação São Dimas que exploram o transporte coletivo urbano na cidade, desde dezembro de 2011. As empresas foram comunicadas para apresentar a defesa e a ação tramita na justiça.

Cury justificou a medida citando reclamações da população e a situação chegou ao limite do suportável, com constantes atrasos e problemas mecânicos por falta de manutenção e, pelo menos, uma ocorrência estava ocorrendo todos os dias, colocando em risco a vida dos usuários e de outras pessoas no trânsito em diferentes pontos da cidade, principalmente na região central onde o fluxo de veículos é acentuado.

 “Mesmo estando em final do meu mandato não poderia me furtar em tomar uma decisão em razão dos problemas que vêm acontecendo diariamente nos últimos meses. O serviço das empresas está uma porcaria e não posso colocar em risco a integridade física da população usuária do transporte coletivo. Não posso ficar com a faca no pescoço e correr o risco de uma tragédia.”, explicou o prefeito, em entrevista coletiva.