Homem mantinha grande quantidade de lixo acumulado no interior de sua casa

Fotos: Abelardo da Costa Neto / Valéria Cuter

O homem é colecionador de objetos que apanha na rua ou compra de terceiros e estoca tudo no antigo armazém e, com isso, o imóvel estava abarrotado de materiais inservíveis sendo que, por causa disso, foi notificado várias vezes pela Vigilância Ambiental

 

O prédio de um velho armazém que funcionava no cruzamento das ruas Dr. Silvio Galvão com a  Eugênio Lourenção, no Jardim Peabiru, estava servindo como um verdadeiro depósito dos mais variados tipos de materiais inservíveis,  causando preocupação nos moradores vizinhos em razão do perigo da proliferação de animais e insetos peçonhentos, também causadores de doenças. Isso tudo aliado ao forte mau cheiro.

O prédio é usado por um senhor de 56 anos que mora sozinho no local, com uma particularidade: é colecionador de objetos que apanha na rua ou compra de terceiros e estoca tudo no antigo armazém, ou seja, não vende nada. Com isso o imóvel estava abarrotado de materiais inservíveis. Para se ter uma idéia da quantidade de materiais basta dizer que ele dormia a um metro do teto, em cima de roupas, papelões, latas, recipientes plásticos e de vidro e móveis. Por causa,  disso Marques havia sido notificado várias vezes pela Vigilância Ambiental.

No início da semana o homem foi internado no Hospital das Clínicas para tratamento de Saúde e seu irmão pediu que os vizinhos o ajudassem a retirar todo o lixo recolhido nos últimos 10 anos. Um mutirão foi feito para limpar o  interior do prédio e um caminhão da Secretaria de Infraestrutura fez a recolha e levou para um local adequado. Quando deixar o hospital, o homem irá morar com o irmão e o prédio de propriedade da família será reformado.

Vizinha e organizadora do mutirão para retirar o lixo do prédio, a dona de casa Helena Aparecida de Oliveira, relatou que ele é querido no bairro. “Ele é um homem bom, não faz  mal a ninguém. É um coitado que tem esse vício de levar tudo que encontra para sua casa. Muita coisa ele compra, porém não vende nada. Isso chegou num ponto que não dava mais e nós ajudamos a tirar tudo. O melhor pra ele é morar com o irmão e deixar essa mania de colecionar o que não vale nada”, disse Helena.