Botucatu, terça-feira, 29 de Abril de 2025

Cidade / Geral
28/04/2017

Greve geral impede ônibus em Botucatu de trafegar por várias horas



A greve foi programada por nove centrais sindicais e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo em razão das reformas da Previdência e trabalhista e a Lei da Terceirização e em Botucatu a manifestação foi pacífica,  dentro da normalidade

 

A greve geral decretar por sindicatos e outras instituições brasileiras atingem, principalmente, o transporte coletivo urbano, como ônibus e metrôs. Em Botucatu não foi diferente e vários manifestantes se deslocaram  até as garagens das empresas de ônibus para impedir que os coletivos cumprissem os horários estabelecidos. Com isso centenas de pessoas não puderam chegar em seus respectivos locais de trabalho. Em entendimento com a Polícia Militar, os manifestantes  acertaram a liberação após as 9 horas.

A greve geral foi programada por nove centrais sindicais e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo em razão das reformas da Previdência e trabalhista e a Lei da Terceirização. Em Botucatu a greve foi liderada pelos sindicatos e foi pacífica,  dentro da normalidade. Manifestações maiores que envolveram as grandes rodovias, metrôs e aeroportos, ficaram restritas às grandes cidades.

Segundo o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, um dos motivos da greve é contra novas regras previstas na reforma previdenciária, como a definição de uma idade mínima para o trabalhador poder se aposentar. “Estamos batalhando contra aspectos como idade mínima para aposentadoria, a regra de transição, que acaba prejudicando os trabalhadores que começaram mais cedo. Além disso, lutamos pela manutenção do salário como patamar mínimo de benefício”, disse.

A Força Sindical também critica itens da reforma trabalhista, como o ponto que diz que comissão de empregados poderá acompanhar as negociações para a celebração de convenções coletivas e acordos coletivos de trabalho, sem prejuízo da atribuição constitucional dos sindicatos.

“Essa reforma não deixa claro qual será o papel do sindicato. Não participa da eleição [da comissão de empregados], não participa da fiscalização [das atividades dentro da empresa]. Parece buscar uma visão mais global das coisas, quebra o sindicato que temos hoje, que é um instrumento histórico de mais de 70 anos e que pode acabar em uma canetada”, avalia o secretário-geral da Força Sindical.

Para Juruna, o fato de a reforma tornar a contribuição sindical optativa poderá afetar o funcionamento dos sindicatos. Atualmente, o pagamento é obrigatório para trabalhadores sindicalizados ou não. O pagamento é feito uma vez ao ano, por meio do desconto equivalente a um dia de salário do trabalhador.  “No Brasil, o benefício garantido após a luta sindical vale para todos, sócios e não sócios. Quando diminui o benefício, diminui a possibilidade de contratar estrutura para o funcionamento do sindicato, como por exemplo, profissionais como advogados. O financiamento não é a tal 'boquinha', mas sim um instrumento para a instituição ficar forte”.










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