Botucatu, terça-feira, 29 de Abril de 2025

Cidade / Geral
22/11/2017

Troca de ministro pode afetar construção de casas populares em Botucatu



Comitiva liderada pelo prefeito Mário Pardini esteve em Brasília reunida com a Secretaria  Nacional de Habitação, que aprovou o projeto de Botucatu, porém, com a mudança no ministério ele corre o risco de não ser concretizado

 

Escolhido pelo presidente Michel Temer como novo ministro das Cidades, o deputado Alexandre Baldy (sem partido-GO) prometeu ao PMDB e a partidos do Centrão (PP, PR e PSD) revogar atos de seu antecessor na pasta, Bruno Araújo (PSDB-PE), após tomar posse nesta quarta-feira, 22. O primeiro deve ser a portaria que autorizou a contratação de 54.089 novas unidades habitacionais em 260 municípios em 26 Estados brasileiros, pelo programa Minha Casa Minha Vida, principal vitrine da pasta.

Com isso, cidades como Botucatu, que recebeu a habilitação para construção de 500 unidades habitacionais pelo ex-ministro, pode não ser contemplada. O projeto da Prefeitura de Botucatu foi elaborado para a construção das casas na região da Cohab II, em frente ao bairro Arlindo Durante, região Leste de Botucatu, com dois condomínios financiados pelo Programa Minha Casa, Minha Vida, da Caixa Econômica Federal.

Uma comitiva liderada pelo prefeito Mário Pardini, acompanhado pelo deputados Milton Casquel Monti (federal, que integra o Centrão) e do secretário municipal de Habitação, José Carlos Broto, esteve em Brasília no início deste mês reunido com a Secretaria Nacional de Habitação, que aprovou o projeto de Botucatu. Entretanto, com essa mudança no ministério e da equipe, o projeto corre o risco de não ser concretizado.

Anunciada em 6 de novembro pelo então ministro Bruno Araújo, a contratação beneficia a faixa 1 do programa, que atende famílias mais pobres, com renda mensal de até R$ 1,8 mil. A faixa 1 atende famílias com renda total de até R$ 1,8 mil, e oferece subsídio de até 90% do custo total. As parcelas do financiamento giram entre R$ 80 e R$ 270.

Fiadores da indicação de Alexandre Baldy, o PMDB e o Centrão pediram ao novo ministro para fazer uma nova distribuição “mais igualitária” das unidades que serão construídas. O argumento é de que os Estados mais beneficiados pela decisão de Araújo foram aqueles governados pelo PSDB ou por governadores de partidos da oposição ao governo Temer.

Segundo o ministério, o Estado mais contemplado foi São Paulo (15.165 unidades), administrado por Geraldo Alckmin (PSDB). Logo em seguida aparecem Minas (7.046 unidades), governado por Fernando Pimentel (PT); Paraná (3.331 unidades), governado por Beto Richa (PSDB); e Ceará (2.735 unidades), cujo governador é Camilo Santana (PT). Nos próximos dias o ministro deverá tornar público as cidades que serão contempladas.

“Nós estamos bastante tranquilos, porque o nosso projeto foi extremamente técnico e avaliado pela equipe da Secretaria Nacional de Habitação, como um dos melhores do Brasil. Nossa qualificação já foi publicada no Diário Oficial da União e estamos correndo com a documentação necessária para dar entrada com o processo da Caixa Federal. Eu espero, de coração, que esse movimento político nacional, não afaste de nós o sonho dessas 500 moradias para quem mais precisa, aqui em Botucatu.”, disse o prefeito Mário Pardini.

Já o deputado Milton Monti, por meio de sua assessoria de imprensa foi taxativo ao comentar a questão. “Acho difícil revogar, mas caso isso ocorra vamos atuar para que Botucatu seja reincluída", disse o deputado que faz parte do Centrão na Câmara dos Deputados.










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