Além das palestras realizadas com escolas municipais e estaduais, a Reage participa de palestras e encontros regionais e estaduais e esteve em São Paulo participando da nova política antidrogas, onde o krokovil e seus efeitos devastadores foi citado
A Câmara municipal de Botucatu, na mais recente sessão ordinária aprovou por unanimidade, a Moção de Congratulações N° 219/2017, de autoria do vereador José Fernandes de Oliveira Junior, ao Movimento Reage - Rede Crista de Agentes em Prevenção e Proteção às Drogas, na pessoa de seu coordenador Juberto Galdino, extensiva a todos os integrantes de referido movimento, pelos serviços prestados no município de Botucatu, na prevenção e orientação sobre os malefícios das drogas ilícitas.
O Movimento tem trabalhado na prevenção nos bairros carentes da cidade levando hiphop, break, teatro, artes marciais, dança, comes e bebes, além de pula-pula, muitos conselhos orientativos e consolo espiritual. O trabalho se extensa ao ciclo de diálogos, com gestores públicos, entidades sociais, pastores e líderes da comunidade uma vez por mês em cada bairro carente de Botucatu, promovendo o diálogo visando a construção de uma rede mais próxima junto a população.
Além das palestras realizadas com escolas municipais e estaduais, a Reage participa de palestras e encontros regionais e estaduais para trazer novidades para o município e esteve participando, recentemente, da apresentação do Programa Redenção, nova política antidrogas, em São Paulo, que está substituindo o programa Recomeço.
De acordo com Juberto Galdino, após a explanação do projeto a tribuna ficou livre e uma mulher que mora na Cracolândia, mas que luta por políticas públicas sobre drogas, fez um relato de um novo tipo de entorpecente que chegou a São Paulo e pode se espalhar pelo interior: o krokodil.
O entorpecente é feito através da mistura de codeína com iodo, ácido clorídrico e outras substâncias químicas e o dependente paga com a própria vida. A expectativa de vida de um usuário é de dois a três anos. Nos locais em que a droga é injetada, é comum que os vasos sanguíneos se rompam, que o tecido comece a apodrecer e, algumas vezes, descole dos ossos e caia em pedaços. Esses efeitos colaterais deram à substância um novo apelido: a droga zumbi.
“Todos quem estavam na platéia se espantaram, pois é uma droga muito forte, transforma pessoas e já existem vários vídeos na internet mostrando os efeitos devastadores que o krokodil causa no organismo. Fiquei pensando: quando essa droga chegar ao Município de Botucatu, estaremos preparados? É importante que a Prefeitura se disponha a apresentar e esclarecer as diretrizes da política municipal de drogas em reunião aberta com a sociedade e legislativo, pois quando os casos começarem a aparecer, estarmos preparados pelo pior”, alerta Galdino.