Botucatu, terça-feira, 29 de Abril de 2025

Cidade / Geral
13/05/2018

Crianças e adultos de Botucatu entram na "febre" do álbum da Copa do Mundo



Fotos -  Valéria Cuter

É comum observar, principalmente, aos finais de semana grupos de pessoas reunidas em praças para fazer trocas, comprar e vendar cromos, com o objetivo de completar a coleção que tem quase 700 unidades

 

Quem pensa que colecionar figurinhas é brincadeira de criança se engana. O álbum de figurinhas da Copa do Mundo se tornou febre no País e Botucatu não foge a regra e os colecionadores são pessoas de  7 a 70 anos de idade que se mobilizam para completar a coleção. A particularidade é que muitas mulheres aderiram ao álbum de figurinhas e as trocas.

Além das redes sociais na internet é comum observar, principalmente, aos finais de semana grupos de pessoas reunidas em locais como praças públicas para fazer trocas, comprar e vendar cromos, com o objetivo de completar a coleção que tem quase 700 figurinhas adesivas de jogadores e seleções que estarão na Copa do Mundo da Rússia.

“É muito salutar e nos dá a oportunidade de conhecer pessoas novas. Eu comecei colecionar por causa de meu filho e acabei entrando de cabeça e vou com ele aos locais onde se concentram os colecionadores para fazer trocas. O interessante é que um colecionador procura ajudar o outro” relata Maria de Lurdes Valário da Silveira, dona de casa que tem 46 anos de idade e busca os 35 cromos que faltam para completar a coleção do filho.

O estudante Yuri Gonçalves de Arruda, de 10 anos, conta que conseguiu um bom número de cromos repetidos e agora  dificilmente compra o pacote vendido em bancas que traz  cinco unidades e custa R$ 2. “No início da minha coleção meu pai comprava as figurinhas, mas depois descobrimos os pontos de troca. É muito mais divertido e acredito que logo vou completar todo meu álbum. Depois acho que vou começar tudo de novo com as figurinhas repetidas que já tenho”, disse Yuri.

Para o professor Antônio Carlos Pereira, 65 anos, ex-secretário de Esportes e Qualidade de Vida de Botucatu,  colecionar os cromos da Copa do Mundo é uma terapia. “Gosto muito de colecionar os cromos e venho aqui para fazer trocas. Tenho bastante figurinhas repetidas para trocar. E o mais gostoso vem depois quando a gente cola os cromos no álbum e fica contando quantos faltam para completar a coleção”, conta Pereira. “Com isso eu acabo voltando aos meus  tempos da infância”, acrescenta.

Ismael Lúcio Tavares, de 38 anos, é vendedor de carros e conta sua experiência nos pontos de troca. “Quando a gente compra cada pacote é uma emoção muito grande ao abrir porque existe aquela ansiedade em conseguir as figurinhas que ainda não tenho. Mas se vierem repetidas, servem para trocar por outras. Quando vejo uma figurinha que não tenho com alguém nos pontos de troca não vacilo e procuro conseguir. Isso é que é o gostoso. Imagine um adulto como eu de quase de quase 40 anos negociando cromos com um garotinho de 10 ou 12 anos ou com uma mulher que nunca vi na  vida. O pior é que deixo os cromos repetidos no carro e onde vejo um grupo fazendo trocas eu paro. Cara! É muito divertido”.










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