Para capturar o animal foi feito o isolamento da área e o animal foi dominado apos receber um tiro de tranquilizante e ser conduzido ao Cempas onde deverá ser tratada e, posteriormente, devolvida ao seu habitat natural
Na manhã deste sábado, um trabalho conjunto entre a Polícia Militar Ambiental, Corpo de Bombeiros e equipe do Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Silvestre (Cempas) da Unesp resultou na captura de uma onça adulta da espécie conhecida como suçuarana, parda ou puma, que invadiu a área urbana da Cidade. O felino foi visto por moradores em uma casa de cachorro na Rua João Carlos Gonçalves, região do Jardim Cedro.
Para capturar o animal foi feito o isolamento da área e o animal foi dominado após receber um tiro de tranquilizante e ser conduzida ao Cempas para uma avaliação médica, mas não apresentava sinais de ferimento. Deverá ser tratada e, posteriormente, devolvida ao seu habitat natural.
Vale destacar que no Cempas, que tem como responsável o professor doutor Carlos Teixeira, estão dezenas de aves e animais resultados de apreensões policiais, queimadas, vítimas de atropelamentos em estradas e caçadores ou ainda vindos de pessoas que criam os animais e depois resolvem abandoná-los.
Teixeira aponta que o desenvolvimento das monoculturas, o avanço das construções urbanas nas áreas verdes e o aumento das malhas viárias diminuem os habitats naturais dos animais silvestres que acabam invadindo áreas urbanas onde entram em contato com seres humanos. “Acabam capturados ou feridos e, muitas vezes, mortos. Estando no Cempas e não tendo condições de soltura alguns são transferidos para zoológicos ou criadouros conservacionistas. Outros permanecem aqui para serem pesquisados e são base para teses e doutorados”, explicou.
O professor doutor enfatiza que mesmo aqueles que ainda estão com saúde e em condições de viverem em liberdade têm que ser soltos de maneira adequada, pois no reino selvagem existe uma competição muito intensa pela disputa de território e não são raros os casos em que animais são mortos por um rival. “Então, o ideal é soltar os animais o mais próximo possível do lugar de onde foram retirados”, orienta Teixeira.