Ex-interno da Fundação CASA de Botucatu encontra o caminho jogando futebol

Foto - Divulgação

Jadson estará visitando a unidade não como um adolescente infrator, mas sim como palestrante motivacional para os internos, que irão disputar o Campeonato da Fundação CASA e irá contar sua trajetória de vida e como encontrou no futebol o caminho que mudou sua vida

 

Um garoto de 19 anos de idade chamado Jadson teve uma transformação total em sua vida e foi buscar no futebol a motivação para deixar a criminalidade. Ele é um ex-interno da Fundação do Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (CASA) de Botucatu onde esteve internado por duas vezes distintas:  quando tinha 14 e 16 anos, respectivamente por envolvimento com o uso e tráfico de entorpecentes.

Jadson, que tem sua família em São Manuel, foi descoberto quando disputava o Campeonato da Fundação CASA, que envolve todas as unidades de São Paulo. Fez testes no União Agrícola Barbarense, de Santa Bárbara do Oeste e se tornou titular do time sub-20 que disputa a Taça São Paulo de Futebol Júnior,  conhecida como Copinha.  Ele que já é um ídolo da torcida barbarense (foto), é autor do gol mais bonito na primeira fase da competição. E tem mais: o garoto está de malas prontas para jogar em Portugal.

Ele estará na Fundação CASA de Botucatu na tarde desta quinta-feira (11) não como um adolescente infrator, mas sim como palestrante motivacional para os internos, que irão disputar o Campeonato da Fundação CASA. Ele irá contar sua trajetória de vida e como encontrou no futebol o caminho que mudou sua vida e que as pessoas devem ir em busca de seus sonhos.

“A vinda desse garoto para nossa unidade, desta feita como palestrante  para motivar outros internos,  é muito importante, pois pode incentivá-los a mudar de vida para serem reintegrados à sociedade quando vencer o prazo da internação”, comentou o diretor da unidade de Botucatu, Jovelino Pereira Carriel.

A história desse garoto é semelhante a maioria dos que estão internados nas fundações espalhadas pelo estado e Botucatu não foge á regra. Em busca do dinheiro fácil e aliciados por traficantes os adolescentes acabam entrando para o submundo do tráfico, passando a vender entorpecentes em “biqueiras a dependentes químicos. Não são raros os casos em que se tornam “gerentes” desses locais. Na Fundação em Botucatu cerca de 90% dos internos, foram apreendidos em operações policiais por envolvimento com o tráfico.

Vale lembrar que em Botucatu, a Fundação promove aos seus internos diferentes cursos profissionalizantes em diversas áreas e atividade esportivas como futebol, voleibol, capoeira e judô, além de desenvolver atividades culturais variadas em teatro, fotografia, pintura, artesanato, cinema, música, entre outras.