A pesca é interrompida nesse período para que os peixes que migram para reprodução possam nadar contra a correnteza até as cabeceiras dos rios, vencendo vários obstáculos, inclusive, a pesca predatória
Durante esses próximos dias as atividades entre os pescadores profissionais será intensa, com a preparação dos petrechos e barcos. Isso porque será encerrada no próximo dia 28, quinta-feira da semana que vem, o período da piracema. A pesca está interrompida desde 1º de novembro do ano passado.
Durante este período a Polícia Militar Ambiental intensifica a fiscalização para evitar a pesca predatória. Na região de Botucatu estão espalhadas várias colônias de pescadores, como Porto Said, Mina, Ponte do Jaú, entre outras.
A pesca é interrompida nesse período para que os peixes que migram para reprodução possam nadar contra a correnteza até as cabeceiras dos rios, vencendo vários obstáculos, inclusive, a pesca predatória, feita clandestinamente com uso de diferentes artifícios sem a devida preocupação com o futuro dos peixes.
A piracema visa manter o desequilíbrio ecológico nos rios e a perpetuação das espécies. Mesmo os pescadores amadores durante a piracema, somente podem pescar com vara simples, com molinete ou carretilha, capturando as espécies exóticas (não nativas) como a tilápia e a corvina.
Vale destacar que a Polícia Militar Ambiental de Botucatu atende uma área territorial que compreende 26 cidades da região, agregando uma população estimada em mais de 500 mil habitantes, realizando diversas operações para coibir a pesca ilegal, com recolhimento de redes, tarrafas, entre outros petrechos proibidos, flagrando e punindo infratores.
Também estão inseridas dentro da área de comando da Ambiental de Botucatu as três maiores represas do Estado de São Paulo: Barra Bonita, Chavantes e Jurumirim. O território alcança 15 mil quilômetros quadrados de área terrestre, 1.000 quilômetros quadrados de rios e 1.500 quilômetros quadrados de represas.