Pesquisa contabiliza apenas municípios com ao menos 100 mil habitantes e para medir o nível de violência, o Ipea se debruçou sobre a taxa de homicídio por 100 mil habitantes nos municípios brasileiros
Uma reportagem publicada no JCNET, de Bauru, aponta que Botucatu, com uma taxa de 9 homicídios para cada 100 mil habitantes, está na 34ª colocação entre as cidades mais pacíficas Brasil. Houve um aumento considerável em relação a 2018, quando a Cidade esteve entre as 10 cidades mais pacíficas. Bauru foi outra Cidade que caiu muito na pesquisa: foi da 16ª colocação para 38ª em 2019.
Levantamento recente divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que a pesquisa contabiliza apenas municípios com ao menos 100 mil habitantes e para medir o nível de violência, o Ipea se debruçou sobre a taxa de homicídio por 100 mil habitantes nos municípios brasileiros.
A cidade considerada mais pacífica do Brasil foi Jaú, com uma taxa de 2,7 homicídios para cada 100 mil habitantes. A cidade de 146 mil moradores teve quatro assassinatos em 2017, contra dois em 2019. Os comandos das polícias Civil e Militar comemoraram os dados e atribuem o índice “a uma proximidade maior no relacionamento entre as corporações e a capacitação diferenciada da PM, que incentiva operações pontuais em locais de risco também é elencada’’.
Indaiatuba e Valinhos, também situadas em São Paulo, ocupam o segundo e o terceiro lugar na lista, que continua com Jaraguá do Sul (SC), Brusque (SC), Jundiaí (SP), Passos (MG), Limeira (SP), Americana (SP), Bragança Paulista (SP), Santos (SP), Araxá (MG), Araraquara (SP), São Caetano do Sul (SP), Tubarão (SC), Mogi das Cruzes (SP), Itatiba (SP), Varginha (MG), Catanduva (SP) e Sertãozinho (SP).
O coordenador do estudo, Daniel Cerqueira, avalia que os números permitem identificar que as cidades mais violentas e menos violentas apresentam também grande diferença entre os índices de desenvolvimento humano. Segundo o Ipea, as cidades mais violentas, em geral, têm também números piores no acesso à educação, desenvolvimento infantil e mercado de trabalho, enquanto as menos violentas têm indicadores considerados parecidos com os de países desenvolvidos.
As cidades mais violentas têm, em média, 60% da taxa de atendimento escolar das menos violentas, e o percentual de jovens de 15 a 24 anos que não estudavam, não trabalhavam e eram vulneráveis à pobreza era quatro vezes maior. As políticas focalizadas em territórios vulneráveis são a luz no fim do túnel, com iniciativas voltadas para o desenvolvimento infanto-juvenil e para as famílias mais pobres. Coordenador defende ainda um reforço na qualificação policial e a melhora das condições de encarceramento.
Fonte - JCNET