Em Botucatu foi lançada a campanha “Não ponha a mão no fogo, Botucatu contra a queimada” com objetivo de conscientizar a população para evitar e prevenir incêndios durante o período de estiagem
O maior pico de focos de calor ocorre em setembro, época do ano em que o clima está mais seco e, consequentemente, as queimadas se tornam mais frequentes. Mas, se temperaturas altas, clima seco e falta de chuva são fatores que contribuem para o surgimento de focos de incêndio, a intervenção do homem é sem dúvida alguma a principal causa dessas ocorrências, que já estão acontecendo em grande número, provocando danos irreparáveis ao meio ambiente.
“Precisamos urgentemente cuidar melhor de nossas riquezas naturais. Não podemos mais ficar apenas nos discursos e metas. Necessitamos, de fato, agir em defesa da biodiversidade e de nossa existência”, diz o biólogo Giuseppe Puorto, membro do CRBio-01 – Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (SP, MT e MS). Ele explica que as queimadas destroem a fauna e a flora nativas, causando empobrecimento do solo e reduzindo a capacidade de penetração da água no subsolo, entre outros danos ao meio ambiente.
“Muitas vezes, as interferências do homem na natureza causam impactos irreversíveis, destruindo ecossistemas que jamais se recuperarão. Além da destruição que o incêndio provoca de imediato, o local atingido pelo fogo acaba sofrendo com outras sérias consequências, como o desaparecimento de determinadas espécies, animal ou vegetal, que pode acabar desencadeando outros diversos problemas, ameaçando seriamente toda a nossa biodiversidade”, alerta o biólogo.
Campanha em Botucatu
Vale destacar que a Prefeitura de Botucatu, por meio da Secretaria do Verde, Guarda Civil Municipal e Defesa Civil, em parceria com o Corpo de Bombeiros, Grupo Guerreiros do Fogo e Unipas, lançou a campanha “Não ponha a mão no fogo, Botucatu contra a queimada”. A ação tem como objetivo conscientizar a população para evitar e prevenir incêndios durante o período de estiagem.
Mais do que um slogan de grande impacto, os participantes dos grupos tiveram aulas teóricas, para buscar o conhecimento de leis sobre o assunto, bem como instruções práticas sobre como extinguir o fogo e manusear materiais para isso.
Todos podem fazer a sua parte para evitar as queimadas. De acordo com a Lei de Crimes Ambientais (9.605/98), queimada é crime e a pena é de um a quatro anos de reclusão, infringindo também a Lei Complementar Municipal 1007/2012, onde é passível de autuação.