Botucatu, terça-feira, 29 de Abril de 2025

Cidade / Geral
16/02/2017

Botucatu está se preparando para participar de protesto nacional em março



Foto – Divulgação

 

A concentração está prevista para acontecer  na Praça da Catedral,  a partir das 14 horas, com a expectativa de que o movimento atraia  pessoas ligadas a diferentes segmentos sociais da cidade

 

 

Entidades ligadas a diferentes segmentos sociais de Botucatu estão mantendo contato via internet,  preparando para participar de um ato de protesto nacional convocado pelos grupos Vem pra Rua, Movimento Brasil Livre (MBL), Nas Ruas e Revoltados Online, para o dia 26 de março (domingo). A concentração em Botucatu está prevista para acontecer  na Praça da Catedral,  a partir das 14 horas. A expectativa é que o movimento atraia  pessoas ligadas a diferentes segmentos sociais da cidade.

Botucatu sempre marca presença neste tipo de protesto e sua maior manifestação popular aconteceu em junho de 2013 quando cerca de 10 mil pessoas participaram de uma carreata aderindo ao ato nacional em defesa ao transporte público ou Movimento Passe Livre” (MPL), contra o preço das tarifas, corrupção e cobrando mais investimento em áreas específicas como Saúde, Segurança, Trabalho e Educação. A convocação foi feita por intermédio do facebook.

Naquela ocasião, a concentração aconteceu na Praça Praça Emílio Peduti (Bosque) e os manifestantes seguiram pela Rua Amando de Barros até a Praça Coronel Moura (Paratodos) com as caras pintadas, narizes de palhaços, cartazes, faixas, apitaço, cantando e gritando palavras de ordem e encerraram o ato em frente a Prefeitura Municipal.

O objetivo agora é mostrar o apoio incondicional à Operação Lava Jato e a interferência política sobre a investigação, como o desmonte da equipe da Polícia Federal, a escolha de investigados para cargos estratégicos no Congresso e a indicação do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, pelo presidente Michel Temer para uma vaga no Supremo Tribunal Federal.  

“Nosso mote será: Brasil sem partido, pois não queremos um STF que se dobre às vontades deste ou de qualquer outro governo, agindo com lentidão para salvar os que têm foro privilegiado, utilizando-se dele para escapar da justiça”, diz texto assinado por sete movimentos que integram o ato. A ideia é ocupar as principais avenidas das cidades do país.

Na esteira da greve da Polícia Militar no Espírito Santo, que gerou uma onda de insegurança no Estado, os grupos também defenderão o direito de os cidadãos portarem armas. “Voltamos às ruas. Desta vez, pelo fim do estatuto do desarmamento, fim do foro privilegiado, pelo bom andamento da Lava Jato e pelas reformas trabalhista e previdenciária — cortando privilégios e mamatas de políticos e do Judiciário”, escreveu o MBL em sua página no Facebook. 

Reportagem de revista VEJA desta semana mostra como os principais nomes dos três poderes estão se movimentando para abafar a Lava Jato, em Brasília, como a opção política pelo nome de Moraes, o remanejamento de personagens centrais da força-tarefa da Operação, a escolha do senador Edison Lobão (PMDB-MA) para a presidência da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, e a recriação do ministério da Secretaria de Governo que garantiu foro privilegiado a Moreira Franco, um dos braços direitos de Temer citado na delação da Odebrecht. A explicação dessas ações feitas à luz do dia seria justamente o silêncio das ruas.










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