Fotos: Valéria Cuter
Objetivo é resgatar a tradição sertaneja e trazer para a passarela do samba a simplicidade da vida do caboclo, suas dificuldades e superstições, tudo caracterizado nas alas e carros alegóricos
“Terra do Zeca – Histórias pra contar”. Será este o tema que a escola de samba Grêmio Recreativo Acadêmicos do Império irá trazer para o carnaval 2017, uma homenagem ao caipira, que foi imortalizado no personagem do Zeca Tatu.
“Nossa intenção é resgatar a tradição sertaneja e trazer tudo isso para a passarela do samba. Fomos buscar a simplicidade da vida do caboclo, suas dificuldades, folclore e superstições para caracterizar em nossas alas e carros alegóricos”, adianta Adriano Moreira Leite Rodrigues Dias, diretor e um dos fundadores da escola.
Ele conta que a escola está pronta para fazer uma grande apresentação na avenida, representando a comunidade do Parque Marajoara e bairros adjacentes. “Tudo que fazemos é com muito amor e dedicação. Estamos trabalhando a meses fazendo as mais variadas promoções para colocar a escola na rua. Não é fácil fazer isso e só quem vive o carnaval sabe o quanto é difícil colocar uma escola na rua”, comentou Adriano Dias.
Ficha Técnica
Escola - Grêmio Recreativo Acadêmicos do Império
Presidente - Ester Lima
Enredo - Terra do Zeca - Histórias pra contar
Autores - Edson Sorriso e Marlene
Puxadores - Edson Sorriso, Vitor e convidados
Cores - Vermelho, verde, azul, amarelo, branco e preto
Carnavalesca - Sandra Alves
Bateria - 45 ritmistas
Rainha de bateria - Silvia Tuiú
Mestre de bateria - Steve Negão
Alas - 11
Baianas - 12
Componentes - 320
Mestre sala e porta bandeira - 1º casal: Patrícia e Marcelo; 2º casal: Adriano e Fátima e 3º casal: Taiara e Cauã
Destaques - 10
Carros alegóricos – 3
Letra do samba enredo
Alô você, que vem sambar
É festa, é popular
Acadêmicos do Império
Tem um “calso” pra contar
Do suingue, da batera
Eu quero ver essa galera delirar
Fruto do folclore nacional
Nascido num ranchinho à beira chão
Brincava inocente no igarapé
Franzino e doente, era amarelão!
Miscigenado segue seu caminho
De flor e espinho, de perseverança
Faltava estrutura, comida e cultura
Mas tinha atitude, amor e esperança
E fez magia no arrasta pé
Quentão, canjica, pamonha e cural
Feste junina é sensacional
Balão subindo e fogueira no quintal
Influenciou a nossa gente
Caipira no seu jeito de viver
Um linguajar diferente
Na arte, na cultura e do lazer
Hoje a festa é sua
A lua ilumina, que noite tão bela
Jeca nosso personagem
Do saci, assombração e boitatá
Brilha nessa passarela
Tá todo mundo aí pra te olhar!