Fotos - Nágila Maia e Valéria Cuter
Diretores da escola vibraram muito iniciando a festa muito antes de retornarem ao barracão onde os demais componentes da escola e simpatizantes esperavam para comemorar mais esse título
A comunidade do Parque Marajoara está em festa com o tri-campeonato conquistado pela Escola de Samba Acadêmicos do Império, que trouxe em seu enredo “Terra do Zeca – Histórias pra contar”, elaborado por Edson Sorriso e Marlene, tendo como carnavalesca a coreógrafa Sandra Alves. A escola prestou uma homenagem ao caipira brasileiro, imortalizado no personagem do Zeca Tatu.
Logo após a divulgação oficial das notas dadas pelos jurados confirmando o tri-campeonato, os diretores da escola vibraram muito iniciando a festa muito antes de retornarem ao barracão onde os demais componentes da escola e simpatizantes esperavam para comemorar o título.
A presidente Ester Lima apontou que a intenção foi resgatar a tradição sertaneja e trazer tudo isso para a passarela do samba. “Fomos buscar a simplicidade da vida do caboclo, suas dificuldades, folclore e superstições para caracterizar em nossas alas e carros alegóricos”, disse. “Tudo que fazemos é com muito amor e dedicação. Estamos trabalhando a meses fazendo as mais variadas promoções para colocar a escola na rua. Não é fácil fazer isso e só quem vive o carnaval sabe o quanto é difícil colocar uma escola na rua”, complementou Adriano Dias diretor/fundador da escola.
A escola trouxe 320 componentes, tendo de 50 ritmistas na bateria comandada por Steve Neghão e “puxada” pela rainha Silvia Tuiú e três casais de mestre sala e porta bandeira: Patrícia e Marcelo; Adriano e Fátima e Taiara e Cauã e três carros alegóricos.
Letra do samba enredo
Alô você, que vem sambar
É festa, é popular
Acadêmicos do Império
Tem um “calso” pra contar
Do suingue, da batera
Eu quero ver essa galera delirar
Fruto do folclore nacional
Nascido num ranchinho à beira chão
Brincava inocente no igarapé
Franzino e doente, era amarelão!
Miscigenado segue seu caminho
De flor e espinho, de perseverança
Faltava estrutura, comida e cultura
Mas tinha atitude, amor e esperança
E fez magia no arrasta pé
Quentão, canjica, pamonha e cural
Feste junina é sensacional
Balão subindo e fogueira no quintal
Influenciou a nossa gente
Caipira no seu jeito de viver
Um linguajar diferente
Na arte, na cultura e do lazer
Hoje a festa é sua
A lua ilumina, que noite tão bela
Jeca nosso personagem
Do saci, assombração e boitatá
Brilha nessa passarela
Tá todo mundo aí pra te olhar!