Fotos: Nágila Maia / Valéria Cuter
Evento tornou-se o mais relevante evento cultural do interior e litoral paulistas, com a proposta de promover um grande festival gratuito e simultâneo em cidades de médio e grande porte
Neste fim de semana (27 e 28), Botucatu sediou pelo sétimo ano consecutivo a Virada Cultural Paulista, que tem realização do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura. Todos os eventos foram gratuitos.
A Praça da Catedral onde foi instalado o palco principal do evento, recebeu um grande público que prestigiou os shows com importantes nomes da música local e nacional. Nesses dois dias da Virada, os bolsões de estacionamento de todo o Largo da Catedral foram interditados nas horas das apresentações dos artistas.
Sábado
No sábado, às 18h30, o grupo de samba botucatuense, Moreiras da Silva, abriram a festa. Formado por quatro "irmãos" apaixonados por música, a banda trouxe em seu repertório show cênico, em que misturam a linguagem teatral, poesias, histórias. A banda interpretou sambas inéditos, alguns de autoria própria e de compositores consagrados como Cartola, João Nogueira, Nelson Cavaquinho, Martinho da Vila, entre outros.
Após a banda botucatuense o público assistiu a performance circense da Companhia Suno, que desde 1998 se dedica à pesquisa e apresentações de palhaço, sempre com enredo e diversos números de habilidade técnica.
Depois da apresentação circense subiu ao palco a cantora sambista paulistana Paula Lima. Ela já foi jurada do reality show “Ídolos”, na TV Record, e do quadro "Mulheres que Brilham", no Programa Raul Gil, do SBT. Também fez parte do corpo de comentaristas do Carnaval Globeleza de São Paulo, pela Rede Globo. Entre as influências musicais de Paula Lima estão Quincy Jones, Ella Fitzgerald, Elza Soares, Ed Motta, Gilberto Gil, Jorge Ben Jor, Gerson King Combo, entre outros artistas renomados.
Fechando esse primeiro dia na praça, assumiu o palco o cantor Rael considerado referência no rap nacional, dono do hit “Envolvidão”, que já passou dos 40 milhões de views no YouTube. Seu último disco, "Coisas do Meu Imaginário", conta com participações especiais de Daniel Yorubá, Black Alien e Chico César.
Domingo
No domingo, a programação teve início às 15h30 com o stand-up do humorista Davi Mansour e o show “Enquanto a Pizza não Chega”. Após a apresentação do humorista foi a vez do pagode, com o grupo Negritude Jr, que já teve em sua formação Netinho de Paula e conta com mais de 30 anos de carreira, marcados pelos hits “Cohab City”, “Tanajura”, “Que Dure para Sempre”, e muitos outros.
Por fim, fechando a Virada Cultural, foi a vez dos sertanejos Hugo e Tiago. Reconhecidos nacionalmente no reality show musical “Fama”, da Rede Globo. A dupla, que inclusive escolheu a cidade de Botucatu como casa, chega aos 13 anos de carreira e traz os novos hits “Mil vidas”, “Quem é o Caipira Agora”, "Futuro”, “Ela é Melhor do que Você", e outros.
Dança e Samba
Nesses dois dias a Praça Rubião Junior, localizada ao lado da Prefeitura e de frente para a Catedral Metropolitana de Santana, também recebeu atrações da Virada Cultural.
No sábado, às 19h15 teve o Dança Aérea – Acrobacias em Guindaste. Neste espetáculo, as acrobatas Marília Coelho e Mimi Tortorella realizaram estripulias e danças nos ares, em uma pirâmide giratória pendurada em um guindaste. Na oportunidade houve a participação especial musical do artista botucatuense Dael Vasques.
No domingo se apresentou o Bloco Samba Para Todos. O grupo foi criado em março de 2016 para dar voz ao movimento da Luta Antimanicomial de Botucatu, unindo a cultura e a comunidade como um cuidado em saúde mental.
Sobre a Virada
Criada em 2007 pelo Governo do Estado de São Paulo, a Virada Cultural Paulista tornou-se o mais relevante evento cultural do interior e litoral paulistas, com a proposta de promover um grande festival gratuito e simultâneo em cidades de médio e grande porte.
Desde o princípio, a Virada tem buscado proporcionar ao público o acesso às melhores produções artísticas do País, nas mais variadas linguagens: música, dança, circo, artes cênicas, arte para crianças, dentre outras. No ano passado, a Virada aconteceu em 23 cidades, com a presença de mais de 900 mil pessoas.
Pela primeira vez, a Virada terá apoio do Ministério da Cultura, por meio do Fundo Nacional de Cultura e da Lei Rouanet. Além do SESC-SP, também apoia o evento o festival Risadaria, que contribui com a participação dos artistas de stand up comedy. O evento é produzido pela APAA - Associação Paulista dos Amigos da Arte, organização social de cultura parceira da Secretaria.