Documentário sobre a vida do compositor botucatuense irá dividir a programação com filmes como Tropicália com Caetano e Gil e Sepultura que lança seu filme este ano
“Eu sou Raul Torres, violeiro sim Sinhô”. Este é o, título do filme que conta a trajetória de um dos mais importantes compositores sertanejos, nascido em Botucatu, que estará participando do Festival Internacional do Documentário Musical. O filme foi gravado em Bauru, Botucatu, São Paulo, Campinas, Pindamonhangaba e Pirajuí.
O evento nascido em Barcelona acontece 9ª vez e tem como objetivo fomentar a produção e a difusão de filmes documentários que tenham a música como elemento integrador.
De acordo com o diretor Leandro Ferrari, o Festival é um dos mais importantes do gênero do mundo e o documentário sobre a vida do compositor irá dividir a programação com filmes como Tropicália com Caetano Veloso e Gilberto Gil e Banda Sepultura que lança seu filme este ano.
O filme será exibido em três espaços distintos na capital paulista. Dia 18 de junho, na Cinemateca às 18 horas; dia 21 no Centro Cultural São Paulo (CCSP), às 15h30; e dia 24 na Matilha Cultural, às 15h30.
Sinopse
Raul Montes Torres (Botucatu, 11 de julho de 1906 — 12 de julho de 1970) foi um dos grandes compositores e pesquisadores da música caipira na primeira metade do século XX. Através de depoimentos de músicos e pesquisadores, o documentário relembra sua história e sua importância para o enraizamento da música caipira no cenário musical.
Em Botucatu, sua cidade natal, foi construído um monumento em sua homenagem, na Praça Comendador Emilio Pedutti, a Praça do Bosque, marco zero do município. O monumento apresenta Raul Torres empunhando sua viola, apoiado em um dos bancos da praça (foto).
Em 1940, escreve com Serrinha a clássica Saudades de Matão ("Neste mundo eu choro a dor, por uma paixão sem fim, ninguém conhece a razão por que eu choro no mundo, assim..."). Compôs mais de 100 canções, entre as quais a Moda da Mula Preta ("Eu tenho uma mula preta com sete palmo de altura...").
Em 1945, começa a compor com João Batista Filho, mais conhecido como João Pacífico e, desta parceria, resultam as canções Pingo d'Água ("Eu fiz promessa pra que Deus mandasse chuva pra crescer a minha roça e vingar a criação..."); Colcha de Retalhos ("Aquela colcha de retalhos que tu fizeste, juntando pedaço em pedaço foi costurada..."); Mourão da Porteira ("Lá no mourão esquerdo da porteira, onde encontrei vancê pra despedi..."); e Cabocla Teresa ("Há tempos fiz um ranchinho, pra minha cabocla morar, pois era ali nosso ninho, bem longe desse lugar...").
Ficha técnica do filme
Direção: Leandro Ferrari e Daniel Figueira
Produção: Nidowilliam Spadotto
Direção de fotografia: Henrique Biazetti
Montagem: Luiz Fabiano Marquezin
Pesquisa: Daniel Figueira
Roteiro: Leandro Ferrari
Áudio e trilha sonora: Eduardo Marques
Operadores de Câmera: Henrique Biazetti, Leandro Ferrari, Daniel Figueira, Nidowilliam Spadotto, Luiz Fabiano Marquezin e Eduardo Marques