Botucatu, terça-feira, 29 de Abril de 2025

Cultura / Educação
06/02/2018

Jornalista Quico Cuter é homenageado por 40 sambas criados para o carnaval



Fotos- Lucas Machado

 

Fizeram parte dos enredos, personagens como: Angelino de Oliveira, Vital Brasil, Francisco Marins, Hernani Donato, João Paulo & Daniel e Alcides Nogueira

 

Na primeira sessão ordinária da Câmara Municipal de 2018, realizada na segunda-feira, dia 5, o jornalista Francisco de Assis Cuter, ou Quico Cuter como é mais conhecido, recebeu uma moção de congratulações e aplausos pela  criação do seu 40º samba enredo para o carnaval de rua de Botucatu. Ao longo dos anos foram 40 temas diferentes gravados e que foram caracterizados nos desfiles de rua.  A iniciativa da homenagem foi do vereador Paulo Renato (PSC), contando com a unanimidade do legislativo botucatuense.

Os sambas foram criados para as escolas de samba Gente Unida de Vila Maria (12, incluindo o de 2018)), Camisa Preta do Tanquinho (8), Unidos de Última Hora (8), Camisa Verde e Branco do Lavapés/Vila Jardim (2), além da Estrela da Serra (Cohab I), Mocidade Alegre do Lavapés e Acadêmicos de Vila Aparecida com um enredo cada, totalizando 33 trabalhos. Completa o acervo de Quico Cuter no carnaval, os sambas criados para o Bloco da Imprensa (2) e Bloco Camisa Preta, Bloco Timelo, Bloco Gardenal, Bloco Fantasmas do Collor e Bloco da Associação Atlética Ferroviária – AAF, com um enredo cada.

No texto da moção está descrito que nessa sua trajetória de autoria de enredos para o carnaval, Cuter homenageou várias personalidades ou fatos que fizeram parte da história de Botucatu,  como: Angelino de Oliveira, Vital Brasil, Francisco Marins, Hernani Donato, João Paulo & Daniel e Alcides Nogueira.

O texto lembra que Cuter é autor de dois livros (um terceiro sobre jornalismo está próximo de ser lançado), 98 músicas, três peças teatrais e um musical infantil.  Deixou trabalhos nos livros “Coletânea Literária de Botucatu”, da Associação dos Poetas e Escritores de Botucatu (que entrou em sua 15ª edição), e “Um Homem” (que narra a história do Arcebispo Dom Vicente Marchetti Zioni). Também foi personagem do livro “Dicionário dos Escritores Botucatuenses”, escrito pelo acadêmico Olavo Pinheiro de Godoy.

Outro ponto destacado no texto foi a atuação do homenageado na área jornalística com trabalhos nos jornais Diário da Serra (15 anos), A Cidade (4 anos) e Jornal de Botucatu (3 anos);  revistas Vitrine e Boca de Cena;  e rádios PRF-8, Criativa FM e Clube FM.  Foi o fundador, diretor responsável e editor dos jornais eletrônicos Acontece Botucatu (por 7 anos), Alpha Notícias (onde escreve, atualmente) e Mongaguá Notícias (2016).

Outro detalhe é que Cuter é um dos botucatuenses que mais recebeu moções de Congratulações e Aplausos (sete no total, contando esta de 2018) e o título de Honra ao Mérito (em 2012), outorgado pela Câmara Municipal pelos “relevantes serviços prestados à cultura da Cidade”, O projeto foi uma iniciativa do então vereador Bombeiro Denilson Tavares.

 

Estréia no carnaval

Cuter conta que idealizou seu primeiro samba para a escola de Samba Camisa Preta que fazia sua estréia no carnaval de Botucatu em 1980 e trouxe a história do Bairro do Tanquinho.  Nos últimos anos, ininterruptamente,  escreveu os enredos da Gente Unida de Vila Maria, inclusive o de 2018.  Foi esta a escola onde Cuter mais atuou em sua trajetória carnavelesca, com 12 sambas ao todo.

“Depois não parei mais e cheguei aos 40 sambas gravados para o carnaval e nunca recebi nada por isso. Fiz parte da áurea do carnaval, nos anos 90, quando tínhamos sete escolas de samba no primeiro grupo e seis no grupo de acesso e Botucatu passou a ser referência em carnaval, atraindo pessoas de várias cidades da região”, lembra Cuter.

Um dos grandes momentos de Cuter no carnaval foi em 1995, quando escreveu três sambas, sendo campeão do 1º Grupo com a escola Camisa Verde e Branco, homenageando João Paulo & Daniel, campeão do 2º Grupo com a Unidos de Última Hora/BTC homenageando Alcides Nogueira, além de criar o enredo do Bloco Camisa Preta, considerado o melhor samba entre os blocos. “Nesse ano fiz barba, cabelo e bigode”, brinca.

E conclui: "Quero agradecer, de coração, ao meu amigo e parceiro vereador Paulo Renato por esta homenagem e aos demais vereadores que assinaram a moção e se manifestaram em plenário dirigindo a mim palavras elogiosas. Ter o trabalho reconhecido é uma honra e satisfação em qualquer profissão. Isso nos motiva a melhorar sempre e cada vez mais".










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