Botucatu, terça-feira, 29 de Abril de 2025

Cultura / Educação
12/07/2018

Ramiro Viola e Pardini lembram na TV o centenário da música Tristezas do Jeca



O historiador e cantor Ramiro Viola guarda um disco de 1926, que tem a gravação cantada da música, feita por Patrício Teixeira e, desde então essa canção foi gravada por inúmeros cantores do País, ao longo dos anos

 

Na noite desta quinta-feira, dia 12, o programa Tem Notícias da TV TEM, mostrou uma reportagem lembrando os 100 anos do lançamento  da música Tristezas do Jeca, de autoria de Angelino de Oliveira, com participação da dupla botucatuense Ramiro Viola & Pardini. Canção é uma  das maiores obras primas da música sertaneja, considerada o hino do caboclo brasileiro e está entre as melodias mais executadas nas rodas de viola de todo o Brasil.

Ramiro Viola & Pardini fazem parte desse grupo tão grande.  “É muita honra cantar a música nos shows.  O próprio Angelino explicou que o nome “Tristezas do Jeca” tem a ver com quatro versos, sendo que cada verso fala sobre uma tristeza do caboclo”,  disse Ramiro. “Acredito que  o compositor fez a música para falar sobre as tristezas do homem do campo e sobre as experiências próprias”, complementa Pardini. A dupla também apresenta pela TV Alpha, o programa  "Aroma Sertanejo", toda quarta-feira, a partir das 19 horas, com reprise quinta-feira (13 horas) e domingo (15 horas).

Lançamento ao público da música “Tristezas do Jeca”, ocorreu na noite de 24 de Maio de 1918 em Botucatu.  A primeira gravação em disco foi em 1922, interpretada pela orquestra Brasil-América, numa versão instrumental. A segunda saiu em 1926, e foi interpretada por Patrício Teixeira (1893 - 1972), cantor carioca, da turma de Pixinguinha e Donga.

Ramiro Viola, que também é historiador, guarda um disco de 1926, que tem a gravação cantada da música, feita por Patrício Teixeira.  Desde então essa canção foi gravada por inúmeros cantores do País, ao longo dos anos e o personagem do Jeca foi imortalizada em filmes de Mazzaropi.

Angelino de Oliveira nasceu em Itaporanga em 21 de abril de 1888 e morreu em Botucatu (onde chegou com 6 anos de idade), em 24 de abril de 1964. Foi um verdadeiro homem dos sete instrumentos: dentista, escrivão de polícia, comerciante, radialista, violonista, trombonista e compositor. Mas seria com esta última profissão que ficaria marcado para sempre na história da música.

Vale destacar que em homenagem a Angelino de Oliveira foi instituído em 1967, o Dia do Sertanejo, comemorado no último domingo de junho; e em 1982 foi instituída a Semana Angelino de Oliveira, que anualmente celebra-se na semana que inclui o dia 17 de junho.

Também existe em Botucatu a Escola Estadual de Primeiro Grau Angelino de Oliveira, bem como uma rua com seu nome na Vila Nova Botucatu. Foi-lhe concedido post-mortem o título de Cidadão Botucatuense. Além disso, Paulo Freire escreveu o livro Eu nasci naquela serra, homenageando Angelino de Oliveira e Marilda Cavalcanti escreveu Angelino de Oliveira, o inspirado autor de Tristezas do Jeca, uma obra que reúne farta documentação, além da discografia e musicografia de Angelino.










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