Botucatu, terça-feira, 29 de Abril de 2025

Cultura / Educação
04/10/2019

Dupla sertaneja raiz Ramiro Vióla e Pardini caminha para os 20 anos de carreira



Dupla gravou vários CDs, apresentou-se em diversos programas de rádio e televisão, incluindo várias participações no programa “Viola, minha viola”, apresentado por Inezita Barroso, e recebeu inúmeros prêmios e homenagens de diferentes instituições brasileiras

 

No próximo dia 6 de novembro a dupla sertaneja de Botucatu, Ramiro Vióla e Pardini, completa 20 anos de carreira.  Parceria foi iniciada com cada um trazendo sua história de vida e musical, unindo forças e ideais para marcar o nome na história da música sertaneja raiz.

“Graças a Deus, ao longo desses anos, conquistamos nosso espaço, transpondo barreiras que são comuns na vida de qualquer artista, mas nossas alegrias que preservamos foram maiores do que os dissabores, estes colocamos nas mãos de Deus, contanto sempre com apoio e carinho de nossa família e fãs”, coloca Ramiro Vióla.

“E assim a gente caminha pra frente de cabeça erguida e a consciência tranquila de estarmos no rumo e no caminho certo no cumprimento de nossa missão que é preservar a música sertaneja raiz e levar alegria ao povo com nossas canções. Plantamos com raízes profundas o nosso nome e o nome da nossa Botucatu nos mais longínquos lugares do mundo. E vamos continuar nessa trajetória até quando Deus nos permitir”, complementou Pardini.

 

A dupla


Tudo começou em 1999, quando o tio de Pardini o convidou para uma reunião em que estava presente Ramiro Vióla. Ao final da reunião, como de costume, os amigos pediram que os dois cantassem algumas “modas” de viola para os presentes. De imediato surgiu a ideia da criação da dupla.

Desde então a dupla não parou mais. Gravou vários CDs, apresentou-se em diversos programas de rádio e televisão, incluindo várias participações no programa “Viola, minha viola”, apresentado por Inezita Barroso, e recebeu inúmeros prêmios e homenagens de diferentes instituições brasileiras.

Em 2007 foi criado o programa "Aroma Sertanejo", transmitido pela Rádio Emissora de Botucatu. Esse sucesso do rádio foi para televisão e passou a ser transmitido pela TV Alpha, onde se mantém até os dias atuais, com a presença de artistas sertanejos consagrados, assim como os que estão em início de carreira galgando espaço no concorrido universo da música.

 

Ramiro Vióla


Nasceu dia 25/04/1953 na Fazenda Boa Vista, situada entre Pardinho e Botucatu, bem na encosta da Serra.  Filho de Eduardo Vieira de Andrade e de Dona Maria Teresa Janes de Andrade, Ramiro é o terceiro filho entre sete irmãos e, ainda criança, mudou-se para a Fazenda Santo Antônio no Município de Itatinga.

Como se sabe, era difícil aquela vida lá na roça e o único divertimento era cantar e tocar viola. Desta forma, Ramiro começou bem cedo o desenvolvimento de seu gosto e de seu talento musical, pois seu pai, o levava às rodas de viola que varavam as madrugadas nos fins de semana na região.

Na época, o circo ainda levava às cidades interioranas não só o espetáculo circense propriamente dito, mas também uma grande variedade de shows.  E foi assim que assistiu a diversas apresentações de Tião Carreiro e Pardinho, Zé Carreiro e Carreirinho, Tonico e Tinoco, Pedro Bento e Zé da Estrada, Cascatinha e Inhana, Mário Zan, Zilo e Zalo, Liu e Léu, Zico e Zeca, Zé Fortuna e Pitangueira, Irmãs Galvão e diversos outros artistas que hoje são inclusive seus amigos.

E foi na PRF-8, a Rádio Emissora de Botucatu, que Ramiro cantou pela primeira vez, no dia 30/10/1973, no Auditório Angelino de Oliveira. Depois disso, cantou em diversos circos que passaram por Botucatu,  inclusive com Chitãozinho e Xororó, além de ter convivido musicalmente com grandes nomes do rádio botucatuense e região, como Antenor Serra, o Serrinha.

Ramiro Vióla é casado com Fátima Luciana. O casal tem dois filhos: Renato e Eduardo Vieira de Andrade Neto. E o nome artístico Ramiro Vióla (com acento!) foi sugerido pela "madrinha" Inezita Barroso.


Pardini

Nasceu em São Caetano do Sul,  dia 22/07/1965.  Filho de Antonio Nóbile e Neli Fratoni Nóbile, aos 10 anos, influenciado por sua mãe, que é natural de Bofete, começou a gostar da música caipira, aprendendo com um amigo os primeiros acordes no violão.

Seu tio Nadir, desde moço tocava e cantava em dupla na cidade de Bofete e foi, sem dúvida, uma importantíssima influência musical na vida do seu sobrinho que, graças a ele, pode tocar, cantar, vencer a timidez e soltar a voz em público.

Em março de 1983, Antonio Luiz, já casado com Dilene e pai de Andréia e Adriana, mudou-se para a cidade de Santos, porém, não se esqueceu jamais de suas raízes, apesar de estar morando em cidade litorânea e, sempre que possível, visitava seu tio Nadir em Bofete, tendo a viola sempre presente.

Conheceu vários amigos e artistas, com quem cantava e tocava durante churrascadas, aniversários e festas familiares.  O nome artístico Pardini foi sugerido por José Plínio Transferetti, o Paraíso da Dupla Mocóca e Paraíso.










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