Botucatu, segunda-feira, 15 de Dezembro de 2025

Esporte / Saúde
06/06/2017

Gegê foi um dos maiores representantes do futebol botucatuense



Por: Jair Pereira de Souza

transjps@hotmail.com

 

Como profissional  jogou no Marília, Palmeiras, XV de Jaú, Internacional de Limeira, Noroeste de Bauru,  Joinville, Atlético Mineiro, Figueirense, Náutico e Sport Recife, assim como no Equador jogando pelo Barcelona de Guayaquil

 

Em entrevista para o Alpha Notícias, Reginaldo José Matheus, mais conhecido como Gegê, hoje com 57 anos de idade, sendo 19 deles dedicados ao futebol, contou um pouco de sua carreira de jogador que foi brilhante, chegando a jogar em um time da grandeza de um Palmeiras. Iniciou no futebol ainda menino nos campinhos de Botucatu ao lado do Curtume Pioneiro e no “Campinho do Gomes”, na Vila Maria, onde hoje é o Depósito do Gomes.

Desde garoto Gegê tinha o sonho de ser um jogador de futebol profissional, sempre incentivado e orientado pelo seu pai Abigail Matheus, o maior responsável para que esse sonho pudesse ser realizado. O atleta ganhou seu primeiro campeonato jogando pelo infantil do Bairro Alto. Foi convocado pelo “velho” Guanxuma para disputar os Jogos Regionais e Abertos do Interior, conquistando duas medalhas de prata.

No amador jogou pelo Boa Vista, Bairro Alto (onde foi campeão) e Rubião Junior. Teve como principais treinadores em Botucatu, Onófre, Prearo, professor Pedrinho, falecido Alemão e Ricardo da Igral.

Como jogador profissional no Estado de São Paulo jogou no Marília, Palmeiras, XV de Jaú, Internacional de Limeira e Noroeste de Bauru. Em outros estados jogou no Joinville aonde foi octacampeão, Atlético Mineiro, Figueirense, Náutico e Sport Recife. Esteve também no Equador jogando pelo Barcelona de Guayaquil e convocado para jogar na Seleção de Novos e Seleção Paulista.

 

Gol do Fantástico

Gegê foi um atacante que tinha como principal qualidade a velocidade e era um exímio cabeceador, autor de muitos gols. Um momento importante na carreira deste grande  jogador que o levou ao profissional foi em janeiro de 1980 quando jogava pelo Marília na Copa São Paulo de Juniores, contra o Providência do México, onde fez um gol que foi destaque no programa Fantástico da Rede Globo de Televisão.

Na ocasião, o atleta recebeu um cruzamento de Carlos Alberto Borges (também jogaram juntos no Palmeiras) e o zagueiro veio na marcação. Ele deu um “chapéu” e ainda com a bola no ar, deu outro “chapéu” com a cabeça no jogador que veio na cobertura e concluiu com um gol incrível.

 

Momento infeliz

Ele aponta que ser jogador profissional não é fácil, nem sempre lá dentro de campo dá tudo certo. Como na vida de todo o atleta existe aquele momento infeliz e Gegê teve seu momento ruim jogando no Equador pelo Barcelona de Guayaquil, Copa Libertadores da América. Ele perdeu um pênalti que levou seu time a ser desclassificado e foi muito cobrado pela torcida.

Como era um atacante veloz fez muitos gols por onde passou. Jogando três anos e meio no Palmeiras onde foi autor de 28 gols e Joinville onde jogou quatro anos e marcou em torno de 46 gols, só para citar dois exemplos. Gegê também destacou um jogador que ele considerou o melhor que jogou ao seu lado no amador em Botucatu: Paulo Cocada. Já no profissional destacou Jorginho Putinatti como sendo o melhor e que atuou com ele no Palmeiras.

No auge dos seus 57 anos e com várias intervenções cirúrgicas, Gegê não deixou de jogar futebol. Regularmente é convidado para atuar na equipe máster pelos times em que atuou como profissional e na Seleção Brasileira.

 

Momento marcante

Lembra que um momento que marcou sua carreira foi quando jogou na inauguração do Allianz Parque,  centenário do Palmeiras e despedida do Ademir da Guia e Alex, recebendo a medalha do centenário e outra da despedida do Ademir da Guia. Essas medalhas são restritas somente àqueles que fizeram história no Palmeiras.

Hoje Gegê trabalha na Associação Atlética Botucatuense (AAB) como professor de Educação Física, comanda a escolinha de futebol preparando novos jogadores que um dia poderão também ter uma carreira brilhante como foi a sua. Esse grande jogador que é filho de Botucatu merece ser lembrado por todos nós botucatuenses.










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