Fotos: Nágila Maia / Valéria Cuter/Quico Cuter
Na faixa do sub-50 desfilaram pelo gramado do Recanto Azul grandes “feras” do passado da fase áurea do futebol amador defendendo as cores dos melhores time da cidade que eram filiados à Liga Botucatuense de Futebol (LBF)
Pessoas ligadas a diferentes segmentos sociais de Botucatu foram protagonistas da tradicional festa de final de ano com o jogo entre Preto X Brancos, realizado nesta sexta-feira, dia 30, no Campo das Cerejeiras, na Vila São Luís (próximo ao Recanto Azul) envolvendo três gerações de atletas e que este ano entrou na sua 42ª edição.
Foram realizadas três partidas colocando frente a frente equipes formadas por atletas negros e brancos, em categorias divididas por faixas etárias. O confronto já se tornou um marco esportivo para os botucatuenses, especialmente para aqueles que participam desde a primeira edição realizada em 1974.
No primeiro jogo estiveram em campo as equipes sub-50: Time Zé Fernandes X Time Miltinho Zanchetta. Em seguida jogaram no sub-40: Time Marquinhos da Serralharia X Time Fabinho Chocolate. Encerrando a festa esportiva se enfrentaram na faixa 18 a 39 anos: Time Ponai x Time Buiu. A arbitragem ficou sob a responsabilidade de Biro-Biro, Marinho e Rafael Acerra.
Na faixa do sub-50 desfilaram pelo gramado do Recanto Azul grandes “feras” do passado da fase áurea do futebol varzeano defendendo as cores dos melhores time da cidade que era filiados à Liga Botucatuense de Futebol (LBF), como: Associação Atlética Ferroviária (AAF), Associação Atlética Botucatuense (AAB), Brasil de Vila Maria, Esporte Clube Inca, Bairro Alto Futebol Clube, Esporte Clube Rodoviário, Botucatu Atlético Clube, Clube Atlético Lageado, entre muitos outros.
Já na faixa do sub-40 e da 18 a 39 anos estiveram em campo os atletas que jogaram (e jogam) o Campeonato Amador de Futebol da cidade coordenado pela Prefeitura Municipal. Nessas duas faixas distintas as disputas foram mais acirradas já que os jogadores estão mais bem preparados fisicamente.
Nesta 42ª edição os Brancos levaram a melhor sobre os Pretos, empatando uma e vencendo as outras duas. No primeiro jogo o resultado ficou em 3 a 3 (sub-50). Na categora sub-40 o resultado ficou em 4 a 1 e na terceira (18 a 39 anos) o placar foi de 4 a 2.
Início
Essa ideia da partida entre Pretos X Brancos vem de uma rivalidade sadia que já dura mais de 40 anos protagonizada por dois amigos: Anísio de Arruda Castro, o Tio Chico (o Preto) e Flávio Pizzigatti (o Branco), que ao longo dos anos, disputavam partidas esporádicas, as quais vieram a se transformar, no evento que acontece atualmente.
“O que antes era um jogo único se transformou em dois e nos dias de hoje, são necessárias três partidas divididas em faixas etárias distintas, para atender a todos aqueles que querem participar. O que menos importa aqui é o resultado”, disse um dos coordenadores do evento, José Fernandes de Oliveira Júnior, dos Brancos. “O importante é a confraternização e a amizade, mas na somatória geral das partidas estamos na frente”, provocou Miltinho Zancheta, dos Pretos.
Bonita homenagem
Vale destacar que os dois times entraram em campo com o escudo da Associação Chapecoense de Futebol (ACF) que na madrugada do dia 29 de novembro de 2016 foi protagonista de uma grande tragédia. O avião CP-2933 da empresa venezuelana LaMia perde contato com a torre de comando próximo ao aeroporto de Rio Negro, na Colômbia.
Dentro da aeronave estão 68 passageiros e nove tripulantes com destino a Medellín, onde a Chapecoense enfrentaria o Atlético Nacional no primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana. O jogo não aconteceu. O time não chegou ao destino final. A história ganhou um novo capítulo - e triste - a partir daquele momento. O acidente teve 71 vítimas fatais no total: 19 jogadores, 20 jornalistas, 14 integrantes da comissão técnica, nove dirigentes, dois convidados e sete tripulantes. Apenas 6 pessoas sobreviveram.