Botucatu, terça-feira, 29 de Abril de 2025

Esporte / Saúde
26/08/2018

Mortalidade infantil em Botucatu aumentou em 200%, aponta jornal regional



No estado de São Paulo, uma em cada três cidades registrou aumento da taxa. Em Botucatu, o índice quase triplicou, sendo que em 2014, a cidade teve 4,79 mortes a cada 100 nascidos vivos, índice que saltou para 13,97, alta de 192%

 

Uma matéria publicada no Portal G1, de Bauru, aponta que a mortalidade infantil em Botucatu tem um índice de aumento de quase 200%. Reportagem inicia retratando que depois de 25 anos em queda, a taxa de mortalidade infantil voltou a preocupar. Segundo o Ministério da Saúde, o índice no Brasil aumentou para 14 mortes a cada 1 mil bebês nascidos vivos.

No estado de São Paulo, uma em cada três cidades registrou aumento da taxa. Em Botucatu, o índice quase triplicou. Em 2014, a cidade teve 4,79 mortes a cada 100 nascidos vivos, índice que saltou para 13,97, alta de 192%.

Em Botucatu, quase 800 crianças com até um ano de idade morreram nos últimos 10 anos. Somente neste ano foram registradas 48 mortes - 13 delas em julho. Deste total, 10 crianças foram atendidas pelo Hospital das Clínicas (HC) da Unesp e três em um hospital particular.

Segundo a médica pediatra Maria Auxiliadora Macedo, o aumento da mortalidade infantil pode estar ligado à falta de acompanhamento médico e tratamento de doenças. “É uma somatória de fatores, e sabemos que a condição da população não anda bem porque o país não anda bem. Em saúde, a coisa mais importante é a prevenção, que neste caso tem de começar na vida intraútero”, explica a especialista.

Em nota, o HC informou que a maternidade é um serviço de alta complexidade referência para 68 municípios da região. Entre as crianças que morreram, seis eram de Botucatu e quatro de outras cidades do Centro-Oeste Paulista. De acordo com o hospital, nenhum bebê morreu durante o trabalho de parto.

Ainda segundo o HC, as mortes foram fruto de óbitos fetais (quando o bebê ainda está na barriga da mãe), óbitos neonatais precoces (quando nasce, mas morre até o 7º dia), choque séptico, câncer e doenças maternas graves, como lúpus. A taxa de mortalidade é obtida por meio do número de crianças de um determinado local (cidade, região, país, continente) que morrem antes de completar 1 ano, a cada mil nascidas vivas.

De acordo com a Secretaria de Saúde de Botucatu, a cidade conta com um programa de pré-natal, e que os casos de risco são encaminhados ao HC.  Á reportagem do G1, a Prefeitura de Botucatu afirmou que também mantém em funcionamento a Clínica do Bebê, que faz o acompanhamento pós-parto, inclusive para pacientes da rede particular.

 










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