HC informou que sua Unidade de Diálise é considerada referência em procedimentos dialíticos no Estado de São Paulo desde 1982 e segue com rigidez e diariamente todos os protocolos, portarias e padronizações de conduta que priorizam a segurança do paciente
O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) suspendeu 100 sessões de hemodiálise que estavam agendadas para a manhã deste sábado (16) após detectar que a água que seria utilizada no procedimento havia sido contaminada por um ácido usado no setor para esterilização. Um boletim de ocorrência (BO) foi registrado no plantão policial para apurar se o ato foi criminoso.
A assessoria de imprensa do HC informou que sua Unidade de Diálise é considerada referência em procedimentos dialíticos no Estado de São Paulo desde 1982 e segue com rigidez e diariamente todos os protocolos, portarias e padronizações de conduta que priorizam a segurança do paciente.
"Antes de iniciar as sessões, ao analisar a qualidade da água usada para o tratamento de hemodiálise na Unidade, foi constatado que a mesma estava contaminada com ácido peracético, substância usada regularmente no setor para esterilização", informou em nota.
"As 100 sessões de hemodiálise agendadas para sábado foram imediatamente canceladas e todas as medidas cabíveis foram tomadas para apuração do fato. A água da Unidade já foi recuperada e as sessões foram retomadas". Em média, o HC realiza 110 sessões por dia.
Ainda de acordo com a assessoria de imprensa, nenhum paciente foi prejudicado. As sessões de sábado foram reagendadas e todos os municípios foram avisados. "A missão do HCFMB é trabalhar todos os dias com foco em humanização e, principalmente, na segurança do paciente", ressaltou.
"Medidas legais foram tomadas e a Policia Civil de Botucatu investiga o caso. O HCFMB está à disposição para colaborar nas investigações e não tolera nenhuma ação que coloque em risco a saúde pública". O caso deverá ser apurado pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Botucatu.
Crime grave
A ocorrência foi registrada com base no artigo 273 do Código Penal, que versa sobre o crime de "falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais". Devido à gravidade, a pena prevista em caso de comprovação de ação criminosa e de futura condenação é a reclusão de 10 a 15 anos.
Com JCNET