Quando o fim de semana se aproxima, a família de Gerson Gonçalves já sabe: é hora de pegar os capacetes, calibrar os pneus das bicicletas e sair pedalando pelos caminhos da Cuesta de Botucatu
Por Paulo Góes
Gerson, que trouxe o hábito para casa, cerca de sete anos atrás - incentivado por um colega de trabalho, praticante do esporte. Hoje, pedala na companhia da esposa, Margareth e do filho Pedro. “O ciclismo uniu ainda mais a nossa família. Quando saímos para passear de bicicleta, temos a oportunidade de conversar, saber mais sobre a vida de nossos familiares, contar histórias, trocar experiências. Estamos mais próximos, integrados e saudáveis. Esse virou o nosso programa de família”, conta a esposa de Gerson.
Para ela, praticante do esporte há pouco mais de dois anos, essa interação saudável com a família, além de fortalecer laços, proporciona uma melhor qualidade de vida para todos. “É bom demais quando podemos juntar a família para sair pedalar todo fim de semana, competindo saudavelmente uns com os outros e, principalmente, nos incentivando mutuamente, um estimula o outro. Nesses circuitos, testamos e superamos nossos limites, e exalamos junto com o suor todos os problemas e tensões do dia a dia. O resultado é inquestionável: mais disposição, energia e muito mais qualidade de vida”, ressalta Margareth que, além do ciclismo em família, pratica academia e joga vôlei.
Já o jovem Pedro, de 17 anos, curte a adrenalina de modalidades mais ousadas, como ciclo turismo. “Pratico apenas nos fins de semana, e mesmo assim consigo identificar facilmente os benefícios trazidos pelo exercício. Quem pedala ganha em qualidade de vida, aumenta a disposição, perde peso e fica muito mais resistente. Mas acima de todos esses, acredito que o grande presente do ciclismo é o círculo de amizades que formamos, unidos pelo esporte”, afirma ele.
Pedro, que há cinco anos exercita as pedaladas, atualmente participa de eventos ciclísticos regionais, tais como o Brasil Ride 24hs - que aconteceu recentemente em Botucatu - bem como eventos ocorridos em Peruíbe, Itú, Aparecida do Norte e Capitólio em Minas Gerais, também pratica musculação acompanhado de seu treinador Biral e tem como meta, em breve, participar de competições de níveis internacionais.
Além de fazer uma rigorosa uma alimentação balanceada com acompanhamento nutricional para práticas esportivas, Pedro faz sessões de eletro-acupuntura, laser-acupuntura, ventosas e moxaterapia. “O Pedro era um menino hiperativo e ansioso. O esporte o ajudou muito nisso", observa Ana Lúcia Gonçalves, sua acupunturista.
O jovem, que pretende fazer faculdade de educação física voltada para o ciclismo, enxerga tudo isso como melhor interação familiar e ressalta que o apoio da família o incentiva a ter mais responsabilidades “Onde há união, a força fortalece os laços familiares”, coloca.
Apesar de ser um esporte relativamente caro, Pedro diz que graças a alguns patrocinadores consegue bancar uma parte dos custos e por isso precisa adquirir mais patrocinadores, tais como grandes marcas, que possam colaborar com os custos altos dessa modalidade de esporte, para que assim, possa participar das competições mais importantes do país.