A Vigilância Ambiental em Saúde (VAS), vinculada à Secretaria Municipal de Saúde, está sempre procurando alertar a população sobre os perigos que esse animal pode causar à saúde e realiza, regularmente, um trabalho de prevenção e orientação
As chuvas que vem caindo nos últimos dias, além de inundações, queda de árvores, alagamentos entre outra, traz de volta o caramujo africano, uma praga urbana que se prolifera em tempo úmido e sua reprodução é acelerada, O molusco pode causar sérias complicações ao organismo humano e em alguns casos levar pessoas à morte.
Por causa disso a Vigilância Ambiental em Saúde (VAS), vinculada à Secretaria Municipal de Saúde, está sempre procurando alertar a população sobre os perigos que esse animal pode causar à saúde e realiza, regularmente, um trabalho de prevenção e orientação.
Como não tem predadores naturais o caramujo africano se prolifera com muita rapidez e a VAS evita o uso de produtos químicos (veneno), pois podem matar também, caramujos nativos, além de outros animais e até poluir os rios e os caramujos capturados têm que ser incinerados. Qualquer dúvida a pessoa deve entrar em contato como a Vigilância Ambiental em Saúde de Botucatu na Rua Major Matheus, nº 07 – Vila dos Lavradores, ou pelos telefones 3813-5055 ou 150.
O animal
Esse caramujo gigante africano é um molusco nativo do nordeste da África. Possui alta capacidade reprodutiva (coloca até 1600 ovos por ano) e apetite voraz, alimentando-se de frutas, verduras, hortaliças, papelão, plástico e até mesmo tinta de parede. Além disso, não possui predador natural, o que favoreceu sua rápida proliferação por 23 estados brasileiros, sendo atualmente considerada uma praga urbana. Embora pareçam inofensivos trazem perigo eminente à saúde pública, podendo atingir 15 a 20 cm de altura, 10 a 12 cm de comprimento e pesar 200 gramas.
É um hospedeiro intermediário de dois vermes que podem causar distintas doenças. Uma é a angiostrongilíase abdominal, que provoca fortes dores abdominais, febre, perda do apetite e vômitos, podendo culminar com a perfuração do intestino, hemorragias e em alguns casos, levar à morte. A outra doença é a meningite eosinofílica, que ocorre quando o verme se aloja no sistema nervoso central do paciente, provocando a inflamação das meninges (membranas que recobrem o cérebro). Tem como sintomas dor de cabeça forte e constante, rigidez da nuca e distúrbios do sistema nervoso.
Os vermes podem ocorrer tanto no interior dos caramujos, quanto no muco que eles secretam para se locomover. Por isso a pessoa não deve pegar o caramujo sem proteger as mãos com luvas ou sacos plásticos; higienizar frutas, verduras e hortaliças antes de ingeri-las; não comer, não beber, não fumar e não levar a mão à boca durante o manuseio do caramujo e conservar quintais e terrenos limpos, pois os caramujos africanos gostam de ficar embaixo de folhas, de entulhos, em lugares úmidos ou sem incidência de luz solar.
A introdução do molusco aconteceu em 1996 quando alguns produtores goianos tentaram a formação de uma cooperativa para criação de escargot, no entanto, não obtiveram êxito. O insucesso comercial provocou desistência na criação e a soltura inadequada do molusco no meio ambiente, facilitando sua disseminação.