Marisa Posada ao lado dos vereadores Abelardo da Costa Neto, Carlos Trigo e Rose Ielo, contrários à aprovação do projeto
Instituto que é conhecido nacionalmente percorre o país, principalmente, em cidades onde são realizada as festas de rodeio para avaliar se os animais estão sofrendo maus tratos
Entre as dezenas de pessoas que estiveram na Câmara Municipal de Botucatu na sessão de segunda-feira, dia 23, onde foram colocados em votação dois projetos da Causa Animal (073/2007 que está sendo chamado de Projeto dos Rodeio e foi adiado e 014/2017 aprovado), uma delas chamou a atenção. Trata-se da médica veterinária Marina Posada.
Marina faz parte do grupo de voluntários do Instituto Luiza Mell, conhecido nacionalmente e que percorre o país, principalmente, em cidades onde são realizadas festas de rodeio para avaliar se os animais estão sofrendo maus tratos. Ela veio a Botucatu e queria uma oportunidade para falar porque é contra rodeios, mas não lhe foi concedida a palavra, já que o Regimento Interno só permite as pessoas usarem a Tribuna Livre, com prévio agendamento.
A veterinária do Instituto viu de perto que existe na Cidade uma grande polêmica sobre o assunto com muita gente se posicionando contra o rodeio e muita gente a favor. Ela deverá estar em Botucatu na próxima quarta-feira, dia 2, quando o projeto volta a entrar na pauta de discussão e votação pelos vereadores. A previsão é que o projeto seja aprovado por 7 a 3 (o presidente da Casa só vota em caso de empate no plenário).
Fundado em fevereiro de 2015, o Instituto Luisa Mell atua principalmente no resgate de animais feridos ou em situação de risco, recuperação e adoção. Mantém um abrigo com cerca de 300 animais, entre cães e gatos, todos resgatados das ruas, onde eles são protegidos, alimentados e aguardam pela chance de serem adotados.
O trabalho, segundo o facebook da instituição, não se resume a resgate e adoção, mas defende os animais, zela pelo Meio-Ambiente, acolhe cães, gatos ou qualquer animal em situação de risco e promove sua adoção ou reintegrá-os ao meio-ambiente, busca educar crianças e adultos sobre a importância de cuidar do meio-ambiente e respeitar a natureza e os animais e fiscaliza os órgãos públicos no cumprimento da lei de maus tratos (9.605/98, artigo 32),
Também pelas redes sociais sobre a polêmica em Botucatu, o locutor Almir Câmara apontou que em nenhuma hipótese existe maus tratos com animais num rodeio profissional. "Durante o rodeio os animais são acompanhados por médicos veterinários e só entram na arena se estiverem em perfeitas condições de saúde. São muito bem tratados com aprimoramento genético, exercícios e alimentação balanceada e os equipamentos usados não causam nenhum mal ao organismo do animal", disse Câmara. "E isso é, cientificamente, comprovado por veterinários de todo Brasil", complementa o locutor.