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11/03/2017

Volta do goleiro Bruno ao futebol repercute negativamente nas redes sociais



Foto - Divulgação

Goleiro estava preso desde 2010, acusado de envolvimento no assassinato de Eliza Samudio, sendo foi condenado em 2013 a 22 anos e 3 meses de prisão, em regime fechado, por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver contra a ex-amante, além de sequestro e cárcere privado do filho que ele teve com Eliza 

 

Recém-saído da prisão e condenado a pouco mais de 22 anos em regime fechado na primeira instância, o goleiro Bruno retornará ao futebol profissional. Nesta sexta-feira (10), o jogador acertou contrato de dois anos com o Boa Esporte, time mineiro que conseguiu acesso na Série C em 2016 e disputará a segunda divisão do Brasileirão nesta temporada. A notícia da assinatura do contrato gerou manifestações negativas nas redes sociais do Brasil e ninguém sabe como  será a recepção da  torcida do Boa Esporte e a adversária com a volta do atleta aos campos de futebol.

Bruno não quer falar com a imprensa, mas resume o momento como "superação".  Ele a não atua profissionalmente desde 5 de junho de 2010, em jogo do Flamengo contra o Goiás, no Maracanã. Visitante, o time esmeraldino venceu de virada por 2 a 1 - e contou até com falha de Bruno. 

O goleiro se reuniu com a diretoria do Boa Esporte no começo da tarde desta sexta. Rildo Moraes, diretor de futebol do time, já havia confirmado interesse na contratação ao UOL Esporte.  "Estamos em conversas há três anos já, com o Bruno e os seus advogados", disse. 

O Supremo Tribunal Federal (STF), em decisão assinada pelo ministro Marco Aurélio Mello no fim de fevereiro, concedeu habeas corpus a Bruno para que ele responda ao seu processo em liberdade. Ele estava em prisão preventiva desde 2010, e a continuação da cautelar foi considerada "injustificável" pelo juiz. 

Bruno, ao deixar a cadeia, tinha contrato firmado com o Montes Claros Futebol Clube, também mineiro. Ao UOL Esporte, um dos empresários do jogador, Lúcio Mauro, disse que conseguirá derrubar na Justiça o acordo assinado em 2014 porque o jogador nunca recebeu nada do time. "Esse contrato, na verdade, foi feito lá atrás para ver se liberava o Bruno a trabalhar, e o juiz negou'', explicou. 

 

O caso Bruno

Ex-goleiro de Atlético-MG e Flamengo, Bruno estava preso desde 2010, acusado de envolvimento no assassinato de Eliza Samudio. Ele foi condenado em 2013 a 22 anos e 3 meses de prisão, em regime fechado, por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver contra a ex-amante, além de sequestro e cárcere privado do filho que ele teve com Eliza. 

O jogador recorreu da decisão, mas não teve recurso julgado. Ele estava preso por decisão de primeira instância há quase 7 anos. Na decisão tomada no dia 21 de fevereiro e publicada no dia 26 pelo Supremo, o ministro Marco Aurélio Mello julgou não haver sustentação jurídica para manutenção do encarceramento. Bruno responderá ao processo em liberdade. 

Fonte: UOL Esporte










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