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12/12/2016

Presidente do Senado é denunciado mais uma vez ao Supremo



Foto - Divulgação

 

Contra Calheiors existem outros dez pedidos de abertura de inquérito para investigação que pode fazer com que ele se torne réu outras vezes mais, além de ser um dos mais citados em casos de recebimento de propinas da Empreiteira Odebrecht

 

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE) pelo recebimento de propina no valor de 800 mil reais e lavagem de dinheiro, em caso que envolve a empreiteira Serveng. Segundo nota distribuída pela PGR, em troca, os parlamentares ofereceram apoio político para manutenção de Paulo Roberto Costa no cargo de diretor de abastecimento da Petrobras.

Nessa posição, de acordo com a PGR, Costa assegurou a participação da Serveng em licitações realizadas pela estatal. Essa é a primeira denúncia ao STF contra Renan no âmbito da Operação Lava Jato. Para passar de denunciado a réu, é preciso que o Supremo aceite a denúncia e abra uma ação penal.

Segundo as investigações, o diretor comercial da Serveng, Paulo Twiaschor, também denunciado, fez as doações ao Diretório Nacional do PMDB: 500 000 reais em 18 de agosto de 2010 e 300 000 reais em 24 de setembro daquele mesmo ano. O interesse da empreiteira, de acordo com a nota da PGR, “era participar de licitações mais vultosas na Petrobras”, o que foi viabilizado a partir do começo de 2010. A denúncia informa que esses valores seguiram do Diretório Nacional do PMDB para o Comitê Financeiro do PMDB/AL e deste para Renan Calheiros. Os repasses foram fracionados, de acordo com a denúncia, como estratégia de lavagem de dinheiro.

Contra Calheiros existem outros dez pedidos de abertura de inquérito para investigação que pode fazer com que ele se torne réu outras vezes mais. Além disso,  é um dos mais citados, juntamente com o senador Romero Jucá e outros políticos em casos de recebimento de propinas da Empreiteira Odebrecht e pode ter o pedido de prisão decretado.

 

Fonte: UOL










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