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17/12/2016

Vereadores de São Paulo desistem de reajustar em 26% os seus salários



Foto - Divulgação

Parlamentares tentaram aumentar os próprios salários em 26,3%, de R$ 15 mil para quase R$ 19 mil, entretanto com a pressão feita por movimentos sociais que lotaram o plenário da Câmara, alguns vereadores foram embora e não houve quórum

 

Depois de horas de debate na sexta-feira (16), os vereadores da capital paulista desistiram de reajustar o próprio salário e adiaram para a semana que vem a votação do orçamento da prefeitura de 2017.  Foi uma sessão conturbada, com várias pausas, muita discussão e pouco acordo.

Os vereadores tentaram aumentar os próprios salários em 26,3%, de R$ 15 mil para quase R$ 19 mil. Com a pressão feita por movimentos sociais que lotaram o plenário da Câmara, alguns vereadores foram embora e não houve quórum.

Eram necessários 28 votos pra aprovação da medida, mas só foram obtidos 22. O vereador Milton Leite (DEM), que defendia o reajuste, diz que o projeto não vai mais ser discutido.  Se não for mesmo votado neste ano, os vereadores vão ficar mais quatro anos sem aumento. Isso porque o reajuste tem que ser feito em uma legislatura para valer só na próxima.

O vereador Adilson Amadeu (PTB) disse ser favorável ao aumento. “Eu contribuo com a população do Brasil porque quando faço a política que eu faço, acho que sou merecedor, não só dos votos, mas de um salário digno”, diz.

Antes dessa confusão toda, os vereadores discutiram o Orçamento do ano que vem por duas horas. O relator Atílio Francisco (PRB) fez questão de dizer que uma das polêmicas foi resolvida. O dinheiro extra que virá do aumento do valor das multas de trânsito voltou para a Secretaria de Transportes. Pelo texto anterior, os R$ 160 milhões iriam para a Secretaria de Governo e poderiam ser usados para propaganda.

Outra emenda também gerou polêmica. O vereador Jonas Camisa Nova (DEM) sugeriu uma reforma no prédio da Câmara. ”Foi feito um levantamento na parte do estacionamento, onde passa um córrego aqui debaixo, que está solapando todo o estacionamento, colocando em risco uma parte do prédio”, diz.  A obra custaria R$ 30 milhões e o dinheiro sairia da varrição das ruas da capital - o que causou protesto dos varredores.

A Câmara Municipal de São Paulo é o órgão legislativo do município de São Paulo. Desde a 11º Legislatura (1993-1997), é composto por 55 vereadores, número máximo estabelecido pela Constituição de 1988. Considerada a maior casa legislativa municipal do Brasil, foi criada em 1560 e é também uma das mais antigas. Sua sede atual, conhecida como "Palácio Anchieta", fica no centro da cidade, no Viaduto Jacareí nº 100, e foi inaugurada em 7 de setembro de 1969.

Fonte: G1 São Paulo










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