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20/12/2016

Felipe Massa desiste da aposentadoria e assina contrato com a Willians



Foto - Divulgação

Massa impôs uma cláusula no acordo: a que invalida seu retorno caso Valtteri Bottas não seja escolhido pela Mercedes como o substituto de Rosberg e o valor do contrato é € 6 milhões, ou R$ 21 milhões convertidos, na temporada

 

O piloto Felipe Massa levou apenas poucos dias para decidir largar mão da aposentadoria e aceitar a proposta feita pela Williams para ocupar o lugar de Valtteri Bottas em 2017. O finlandês é o nome mais cotado para assumir o cockpit deixado por Nico Rosberg na Mercedes.

O brasileiro assinou o contrato nesta segunda-feira, 19, e vai voltar à casa que deixou há pouco menos de um mês na condição de aposentado. Retorno de Massa à F1, um dos mais espantosos da história e se dá única e exclusivamente por conta da aposentadoria de Nico Rosberg, o recém-campeão que também resolveu que a categoria — e o automobilismo — não lhe eram mais suficientes.

Entende-se que Massa tenha imposto uma cláusula no acordo: a que invalida seu retorno caso Valtteri Bottas não seja escolhido pela Mercedes como o substituto de Rosberg. O valor do contrato é € 6 milhões, ou R$ 21 milhões convertidos, na temporada.

Williams precisava ir ao mercado buscar um piloto experiente por uma série de razões. Uma delas, o patrocínio-máster da Martini. A marca de bebida alcoólica não pode fazer propaganda com 'atores' abaixo dos 25 anos de idade, algo que é proibido pela legislação de vários países - inclusive no Reino Unido.

Portanto ter Lance Stroll, 18, ao lado de outro novato significaria que a principal mecenas da equipe não poderia usar qualquer um dos dois pilotos para fins de publicidade e imagem. Massa estava viajando com a família em férias, mas o período sabático da F1 foi curtíssimo. O anúncio deve ser feito assim que a Mercedes confirmar Bottas.

 

'Efeito Rosberg'

A equipe alemã, por sua vez, foi pega de surpresa pela decisão de Rosberg e teve de correr contra o tempo para definir quem será o piloto que vai dividir os boxes com o tricampeão Lewis Hamilton. Inicialmente, a esquadra chefiada por Toto Wolff foi atrás de Nico Hülkenberg. Mas a Renault negou qualquer possibilidade de liberar o piloto, que havia acabado de tirar da Force India. 

Mas os atuais campeões também pensaram alto e não deixaram de considerar Fernando Alonso, apesar de uma gorda e consequente multa rescisória. O espanhol, entretanto, tratou logo de colocar fim aos rumores, dizendo que seu plano é mesmo seguir com a McLaren, na tentativa de buscar o tricampeonato.  Os jovens Esteban Ocon - membro do programa da Mercedes, inclusive, e Carlo Sainz também figuraram nos sonhos dos alemães, mas nada disso foi para frente.

Havia as opções do próprio Massa e do aposentado Jenson Button. Também não houve evolução. Sobraram, então, opções mais óbvias. E a primeira delas é Pascal Wehrlein - igualmente no programa de jovens pilotos da montadora e reserva do time. Só que Pascal não detém a fé de seus chefes, que foram atrás de alguém mais experiente: Bottas.

Ainda que o finlandês não seja mais aquele que chegaram a dizer que seria o novo piloto da Ferrari e futuro campeão do mundo. Não é tão tímido quanto Wehrlein, mas não tem uma personalidade das mais carismáticas e cativantes. É apadrinhado por Wolff, é o atual primeiro piloto da Williams e é a opção principal da Mercedes. E deve ajudar a manter a paz no trato com Hamilton, algo que a cúpula da equipe prateada também deseja, após três temporadas de intensa rivalidade entre o inglês e o alemão.

A Mercedes, por enquanto, segue calada. A esquadra já disse não pretende fazer nenhum anúncio neste fim de ano.  E prometeu que, qualquer novidade, só virá a tona depois do dia 3 de janeiro, quando retorna ao trabalho.

 

Fonte: UOL/Grande Prêmio










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