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Regionais / Brasil
10/11/2017

Reconstituição do crime contra empresário da Rede ADV é feito em Igaraçu



Foto - Divulgação/Facebook

Reconstituição do crime ou reprodução simulada vem prevista no artigo 7º do Código de Processo Penal  e visa esclarecer determinados aspectos do fato supostamente delituoso, mormente nos de difícil elucidação quanto ao modus operandi do agente

 

A Delegacia de Investigações Gerais (DIG), de Jaú, realizou nesta sexta-feira a reconstituição do brutal assassinato cometido contra o professor de matemática  e empresário Adevaldo Colonize, de 51 anos, dono da Rede ADV de Ensino com unidades espalhadas por cidades como Botucatu, Jaú,  Bauru e Barra Bonita.

Os policiais civis que participaram do trabalho investigativo, assim como a Polícia Técnica Científica, procuraram  realizar todos os passos dados pelo empresário no dia do fatos, com a participação   dos três acusados do crime.

Reconstituição do crime ou reprodução simulada dos fatos vem prevista no artigo 7º do Código de Processo Penal “para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública”. O procedimento “visa esclarecer determinados aspectos do fato supostamente delituoso, mormente nos de difícil elucidação quanto ao modus operandi do agente”.

 

Relembrando o caso

Adevaldo Colonize foi visto com vida pela última vez na madrugada do último domingo  do mês de outubro, dia 29, em uma lanchonete na orla de Barra Bonita e encontrado morto no início da tarde de segunda-feira, dia 30, em um canavial na zona rural de Igaraçu do Tietê, com o corpo, parcialmente, carbonizado.  Os irmãos Paulo Roberto Meza, de 28 anos, e Marildo Júnior Meza, de 21 e Caíque Henrique Sales, de 19 anos, são apontados como autores do crime e estão presos. Os três já são bastante conhecidos nos meios policiais com passagens por roubo e tráfico de drogas.

A investigação teve início na tarde de domingo (29) quando a Polícia Militar de Barra Bonita, realizando patrulhamento pela cidade, localizou a caminhonete do empresário que estava em poder dos dois irmãos acusados pelo crime.  O veículo estava sujo com terra vermelha, predominante daquela região. No tapete da cabine desse veículo também foi encontrado o mesmo tipo de terra.

Ao serem questionados os averiguados alegaram que haviam encontrado  o veículo em Igaraçu do Tietê com as chaves no contato e optaram por dar uma volta, mas acabaram sendo interceptados numa blitz policial na vizinha cidade de Barra Bonita. Prestaram depoimento e foram liberados.  Horas depois foram novamente presos, já que havia contradição nos depoimentos e fortes indícios de que teriam envolvimento com a morte do empresário.

De acordo com o delegado titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Jaú, Marcelo Aparecido Tomaz Goes, as investigações apontaram que a vítima reuniu-se com amigos em uma lanchonete na orla de Barra Bonita, saiu e retornou posteriormente sozinho. Na sequência, já na madrugada de domingo, deixou novamente o local, encontrou-se com dois homens, que seriam Marildo Meza e Caíque Salles, e saiu com eles de caminhonete. "Ainda não apuramos se eram conhecidos ou não", aponta a autoridade policial civil.

O delegado conta, de acordo com a versão de Marildo, que eles pediram carona ao empresário com intenção de roubar seu veículo, uma Toyota Hilux branca. No trajeto, teriam anunciado o roubo e a vítima reagiu. "Ele tentou escapar, mas foi contido por Marildo e golpeado por Caíque", declara o delegado. As agressões, que incluem estrangulamento, continuaram no canavial até que ele perdesse a consciência. 

Acreditando que Colonize estivesse morto, segundo o delegado da DIG,  eles retornaram para buscar o irmão de Marildo, Paulo Roberto Meza, que teria ajudado a dupla a colocar fogo nele.  O trio roubou a caminhonete, três aparelhos celulares e outros bens da vítima. Eles ainda tentaram vender a caminhonete roubada em Bauru, Botucatu e Jaú, sem sucesso. Os três responderão por latrocínio, associação criminosa e ocultação de cadáver.










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