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Regionais / Brasil
28/12/2016

Polícia prende os dois rapazes que mataram ambulante no metrô de SP



Conforme a investigação apurou, eles agrediram Ruas - vendedor de doces havia 20 anos - porque ele teria tentando defender uma travesti, moradora de rua da região, das agressões dos dois jovens

 

Alípio Rogério Belo dos Santos, 26, e Ricardo Martins do Nascimento, 21, são os dois acusados de terem espancado até a morte o ambulante Luiz Carlos Ruas, 54, na noite de domingo (25) na estação Pedro 2º do metrô, na região central da capital paulista.

O primeiro a ser preso foi Nascimento, na terça-feira em um barraco na cidade de Itupeva e levado ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e, posteriormente, para a Delegacia de Polícia do Metrô (Delpom), na Barra Funda, para reconhecimento pessoal por testemunhas.  Indagado pelo UOL sobre o que diria à viúva de Ruas, o pedreiro respondeu: "Estou arrependido. Também não sou uma má pessoa. E o senhor [Ruas] que estava lá trabalhando também não era, era um cidadão de bem", disse a jornalistas.

Já Alípio Santos, que era considerado foragido pela Justiça, foi preso na zona leste da capital paulista. Ele foi levado para a Delpom na Barra Funda, onde o inquérito foi instaurado. Ao chegar à delegacia. Santos foi chamado de "monstro", "covarde" e "assassino" por dezenas de pessoas que estavam no local. Parte dos presentes gritou: "vai morrer".

De acordo com o delegado Rogerio Marques, titular da Delpom, a polícia chegou ao suspeito graças a uma denúncia anônima recebida por e-mail, nesta quarta-feira, às 13h30. "Ele estava em um condomínio em Itaquera com o advogado provavelmente saindo para se entregar e não ofereceu resistência", disse o delegado, segundo o qual o rapaz se disse "arrependido".

Conforme a investigação apurou, eles agrediram Ruas -vendedor de doces havia 20 anos - porque ele teria tentando defender uma travesti, moradora de rua da região, das agressões dos dois jovens. À polícia e aos jornalistas, hoje, Nascimento alegou ter ajudado o primo a se defender de uma garrafada que teria sido desferida por Ruas. "Ele [o ambulante] deu uma garrafada na cabeça do meu primo", disse o pedreiro na saída do DHPP.

De acordo com delegado Nico, a versão da garrafada "não convence". Ele disse não haver como provar essa agressão -mesmo porque, a polícia não tem imagens de câmeras de segurança do lado de fora da estação.

As imagens internas mostram Ruas apanhando dos dois rapazes com chutes e socos sem que ninguém intervenha. Os ferimentos o levaram à morte Em nota, ontem, o Metrô informou que não havia seguranças na estação no momento do crime, mas defendeu que a quantidade desses agentes nas estações atende à demanda.

Do UOL, em São Paulo










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